Algumas companhias globais, como a resseguradora Munich Re e as corretoras Willis e Marsh já divulgaram os resultados alcançados no segundo trimestre deste ano. Mesmo sentindo reflexos da crise econômica, as companhias apresentaram balanços positivos.
A Munich Re obteve um lucro consolidado de € 812 milhões, número superior ao do mesmo período do ano passado: € 738 milhões. Com um lucro de € 1,6 bilhão para o primeiro semestre do ano, a companhia alcançou mais da metade de sua meta, de cerca de € 2,5 bilhões.
Ainda no segundo trimestre, os prêmios brutos emitidos cresceram 3,8%, para € 25.9 bilhões, perante os € 24.9 bilhões registrados no período anterior.
“O desempenho do Grupo Munich Re mostrou que a nossa abordagem conservadora de negócios está se mostrando forte nestes tempos incertos”, avaliou o CEO, Nikolaus von Bomhard. As despesas da Munich Re com reivindicações relacionadas a catástrofes naturais foi significativamente menor do que no mesmo período do ano passado. Em geral, a companhia considera os níveis das taxas de juros ainda muito baixas um desafio muito maior do que a volatilidade dos mercados financeiros ou a piora da economia global.
Corretoras
A corretora Willis também apresentou seus resultados do segundo trimestre. O lucro líquido de operações foi de US$ 107 milhões, valor superior aos US$ 84 milhões registrados no mesmo período de 2011. O lucro líquido foi impactado positivamente pela recuperação de US$ 5 milhões referentes à atividade fraudulenta divulgada anteriormente. “O segundo trimestre trouxe consigo um crescimento modesto, mas, o que é mais importante, estamos deixando para trás itens comparáveis que tornam mais difícil ver o progresso que fizemos no primeiro semestre deste ano”, disse Joe Plumeri, chairman e CEO do Grupo Willis. “Os fortes resultados do nosso segmento global lideraram o caminho e, olhando para a frente, vendas robustas e mais intensidade no recrutamento de novos produtores fornecem ousadia para o segundo semestre do ano. A economia global continua a ser um desafio, mas os nossos relatórios mostram desenvolvimento positivo, que nós dividiremos com nossos investidores”.
O lado negativo dos resultados ficou por conta do total de comissões e taxas, que foram de US$ 837 milhões no segundo trimestre de 2012, queda de 2% em relação aos US$ 852 milhões do mesmo trimestre do ano anterior. Movimentações em moeda estrangeira impactaram negativamente as comissões e taxas em 4% em comparação com o período do ano anterior. Comissões orgânicas e taxas aumentaram 2% no segundo trimestre de 2012, em comparação com o segundo trimestre de 2011.
Os rendimentos de investimento diminuíram US$ 3 milhões no trimestre, passando de US$ 8 milhões no segundo trimestre de 2011 para US$ 5 milhões no segundo trimestre de 2012.
A Marsh & McLennan foi outra corretora global que indicou bons resultados no período. No segundo trimestre, as receitas totais aumentaram 3,3% para US$ 3,03 bilhões. A receita da Marsh cresceu 4,4%, para US$ 1,41 bilhões, enquanto outra empresa do grupo, a Guy Carpenter, expandiu 7% para US$ 275 milhões.
O lucro líquido da companhia no primeiro semestre cresceu 11,4% e avançou para US$ 676 milhões. Para o segundo trimestre, o lucro aumentou 16,7%, alcançando US$ 329 milhões.
“Nossos excelentes resultados do segundo trimestre são reflexos do sucesso do primeiro trimestre”, disse Brian Duperreault, presidente e CEO da Marsh & McLennan. “Nós produzimos o crescimento da receita em cada uma das nossas empresas, bem como o crescimento do lucro operacional, tanto em riscos e serviços de seguros quanto em consultoria, com melhoria da margem significativa”.
Jamille Niero
Revista Apólice