O Governo Boliviano anunciou, na semana passada, uma parceria com a Smart Water América Latina, empresa especializada na identificação de bens, para ser o “árbitro” na identificação da procedência de veículos supostamente roubados. A decisão foi tomada depois da repercussão gerada pela “Lei de Chutos”, que legaliza veículos estrangeiros que circulam na Bolívia sem documentação.
O Governo Boliviano quer identificar a real procedência dos veículos e, se constatada a ilegalidade do mesmo, cuidar de todo o processo de devolução do bem. Tal identificação será feita de várias formas, entre elas, veículos que estejam marcados com o produto Smartwater, um líquido transparente equivalente a uma impressão digital, muito utilizado pela polícia britânica para localizar criminosos, identificar bens roubados e cargas desviadas. Quando exposto a luz ultravioleta, o mesmo brilha e, a partir daí, amostras são coletadas para identificação da procedência do bem marcado.
“O Smartwater é o resultado de uma combinação química de até 22 elementos inorgânicos da tabela periódica. Variando a concentração dos elementos, é possível fabricar infinitas amostras, equivalentes a impressões digitais”, explica Álvaro Velasco, presidente do Grupo Tracker, distribuidor autorizado do produto no Brasil.
A solução pode ser aplicada em bens (carro, quadros, joias, eletrônicos etc), para identificá-los em caso de roubo; em seres humanos para identificar, por exemplo, bandidos que participaram de um determinado crime; e em animais, em caso de perda ou roubo. “O produto é utilizado atualmente pela polícia britânica, com resultados comprovados. No Brasil, as autoridades já reconheceram a eficiência do sistema e estão se estruturando, com o auxílio do Grupo Tracker, para integrá-lo em breve”, completa Velasco.
G.F.
Revista Apólice