Ultima atualização 08 de fevereiro

Número de beneficiários em planos de saúde cresce, mas com diminuição de ritmo

No 3° trimestre de 2011, o número de beneficiários dos planos de saúde alcançou 47 milhões, um crescimento de 0,2% em relação ao trimestre anterior, conforme o Caderno de Informação da Saúde Suplementar divulgado pela ANS. A taxa de crescimento de 5,5%, no acumulado em 12 meses, retornou para valores próximos à média verificada entre janeiro de 2005 e setembro de 2011 (5,3%). “O número de beneficiários em planos coletivos continua crescendo a taxas acima da média do mercado, porém com diminuição de ritmo. Vale destacar que o crescimento do número de beneficiários havia alcançado 9,3% ao ano em março de 2011 – período marcado pelo aquecimento da economia do país”, analisa Luiz Augusto Carneiro, superintendente do IESS, Instituto de Estudos de Saúde Suplementar.
Segundo o IESS, o decréscimo de 0,3% de beneficiários de planos médicos individuais, no 3º trimestre de 2011, recém-divulgado pela ANS, reflete o momento econômico. No mesmo período, a renda média real da população ocupada teve variação muito próxima de zero, em relação ao 2º trimestre de 2011 (0,02%), reflexo da taxa de inflação, que compromete a renda disponível.
Os beneficiários de planos de saúde na faixa etária de 19 a 59 anos é a que mais cresce, 6,6% nos últimos 12 meses, impulsionada pelo crescimento dos planos coletivos empresariais. A faixa etária de 0 até 18 anos tem perdido representatividade relativa, apesar do crescimento em número absoluto constatado recentemente pela ANS: 3,4% nos últimos 12 meses. E a faixa a partir de 59 anos, com crescimento de 4,1%, tem mantido sua representatividade relativa.
Outro destaque do Caderno é o Rio de Janeiro, único estado brasileiro com crescimento maior de planos de saúde no interior. Conforme os dados, 71,5% dos beneficiários de planos de saúde se concentram nas regiões de maior atividade econômica do país, como capitais e regiões metropolitanas. Dentre os estados compreendidos na pesquisa mensal do emprego do IBGE, o Rio de Janeiro é o único cujo interior ganhou proporcionalmente mais beneficiários de planos de saúde do que a região metropolitana (9,3% contra 4,5%). “Esta interiorização do mercado de saúde suplementar é fruto do desenvolvimento econômico no interior do estado. São destaques de crescimento no número de beneficiários as cidades do sul fluminense, como Barra Mansa (13,5%) e Volta Redonda (8,9%), polos de indústria siderúrgica, e Macaé (13,1%), na região petrolífera”, afirma Luiz Augusto.

G.F.
Revista Apólice

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