Embora para as carteiras de automóvel e vida, o Carnaval não seja uma data tão positiva por conta do aumento da sinistralidade, para o seguro de eventos, é uma época relevante em termos de negócios. As festividades de rua, nos camarotes, blocos e eventos fechados contam, cada vez mais, com a proteção do seguro. De acordo com especialistas entrevistados por Apólice, a demanda aumenta a cada Carnaval. Além de ser um seguro barato por ser restrito somente aos dias de realização do evento, a proteção garante a tranqulidade dos organizadores, foliões e terceiros envolvidos.
Às vésperas dos dias de folia, a Berkley International do Brasil ainda estava fechando propostas para segurar o feriado de Carnaval. Alexandro Sanxes, diretor de Riscos Diversos, conta que a demanda em 2011 foi grande e chega a representar 60% dos negócios nesta época do ano. “Estreamos na carteira de seguro de eventos em outubro do ano passado e já obtivemos um volume de prêmio significativo neste ano”, destaca ele.
A seguradora garantiu proteção de um milhão e meio de foliões no Caranaval de rua do Rio de Janeiro. Entre os riscos cobertos, estão equipamentos diversos para realização do evento; marquises temporárias; objetos cenográficos e de decoração; responsabilidade civil empregador, para bens de terceiros e veículos terrestres motorizados a serviço da produção; além de acidentes pessoais para 100 pessoas do staff. Além disso, a Berkley segurou camarotes na Sapucaí, em São Paulo e na Bahia.
A Aon bateu recorde na quantidade de blocos de rua, festas e camarotes nas festas seguradas do Carnaval 2011 de Salvador. A corretora intermediou a contratação de seguros de camarotes como o Expresso 2222, Daniela Mercury, Axezeiros, Harem, entre outros, além de blocos com trio elétrico como PAPA com Claudia Leitte, Aviões do Forró e Bloco Sertanejo. As apólices contratadas contemplam seguros de Responsabilidade Civil de Eventos com as coberturas adicionais, Alimentos e Bebidas, Risco Civil de Empregador, Instalação e Montagem, Danos Morais, Risco Civil Cruzada e veículos contingentes. Um público de cerca de 100.000 pessoas, além de mais 20 mil funcionários e terceirizados, estiveram segurados.
Aline Bronzati
Revista Apólice
