O setor de seguros brasileiro está em um momento ímpar, acompanhando o desenvolvimento da economia que apresenta bons índices em termos de estabilidade, boom de consumo por parte da classe média, e outros movimentos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Para ilustrar este movimento, a Fico abriu a sua apresentação com uma palestra de Samy Hazan, diretor de vida da Marítima Seguros. Ele mostrou um panorama do setor e os motivos que levam a crer em seu crescimento nos próximos anos. “O Brasil caminha para ser um mercado desenvolvido e isso implica em aumento dos canais de distribuição, diversidade de produtos e regulamentação mais exigente”, avaliou.
O ciclo virtuoso do crescimento econômico começa com a inclusão social, a habitacional, a educacional, a bancária, a digital e, por fim, a securitária.
Por outro lado, os obstáculos que podem atrapalhar este desenvolvimento estão ligados ao custo da regulamentação, ao solvência II – que requer mais capital, ao novo padrão de contabilidade e aos riscos emergentes (cibernético, mudança climática, longevidade, mídia etc). “O principal deles é a redução da receita financeira no longo prazo. A indústria terá que aprender a operar em ambiente sem juros”, definiu Hazan.
Lidar com estas novas questões vai demandar dar seguradoras maior conhecimento de seus clientes para aumentar as possibilidades de customização de atendimento e produtos. É justamente aí que entra o trabalho da FICO, uma empresa especializada em criar soluções estratégicas. Scott Horwitz, diretor sênior da companhia, afirmou que é possível criar uma ferramenta de trabalho muito importante através das informações contidas nos dados dos clientes, com o objetivo de se comunicar melhor e de criar produtos para necessidades específicas.
Um dos objetivos de se criar analíticos é oferecer acesso ao mesmos dados de um cliente para toda uma companhia, para que os departamentos possam tomar decisões integradas. Isso pode acontecer desde a subscrição de risco até a análise de sinistro, passando pela proteção contra fraude e gestão de marketing e compliance.
Kelly Lubiato
Revista Apólice
