A receita captada pelas seis resseguradoras locais em atividade no mercado brasileiro somou pouco mais de R$ 913 milhões de janeiro a maio deste ano, o que representou queda de 45,3% sobre os R$ 1,669 bilhão levantados em igual período de 2009, segundo as estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O pior mês foi maio, com receita de R$ 110,1 milhões e queda de 66% sobre maio de 2009. A cifra representou menos da metade da produção contabilizada em abril, o melhor mês do ano, com prêmios de resseguros da ordem de R$ 231,3 milhões e queda de 14,8% frente a igual mês do exercício anterior.
É necessário destacar que a partir de janeiro deste ano o tamanho da reserva de mercado garantida às resseguradoras locais diminui, como previsto na regulamentação que abriu o mercado à participação do capital estrangeiro.
Pelas regras atuais, as seguradoras são obrigadas a repassar às resseguradoras locais 40% dos negócios que geram cobertura de resseguro, ante a fatia de 60% que vigorou até dezembro do ano passado.
Livre negociação
Além do limite exigido pela legislação, as seguradoras podem negociar livremente a colocação de riscos junto a resseguradoras estrangeiras, cadastradas junto à Susep. Os prêmios gerados nessas operações não aparecem nas estatísticas do órgão regulador e de fiscalização do segmento.
Até maio último, pelos dados da Susep, o IRB Brasil Re manteve a liderança, com parcela de mercado de 64,7%.
A Munich Re ficou na vice-liderança com fatia de 12,6%.
Logo depois, veio a Mapfre com participação de 11,2%, seguida da XL Re com 7%. Nas duas últimas posições do ranking apareceram a J. Malucelli Re, com 4,5%, e a ACE Re, com apenas 0,02%.
Jornal do Commercio-RJ
