A presidenta da Icatu Hartford, Maria Silvia Bastos Marques, acredita que o mercado de seguros precisa adotar algumas medidas para ficar ainda mais próximo do consumidor. Na visão dela, o mais importante é manter um diálogo amigável com os clientes, a partir da soma de fatores tais como a utilização de uma linguagem mais simples e de canais alternativos de distribuição e comunicação, principalmente a Internet e as redes sociais e os celulares. “É importante evitar a venda incorreta ou abusiva, que leva a três tipos de riscos: o jurídico, que pode ocasionar sanções do órgão regulador; de liquidez a curto a prazo e solvência a longo prazo, com possibilidade de cancelamento de negócios; e o de difusão do medo, que afeta a imagem do setor”, afirmou Maria Silvia, em palestra na 1ª Conferência Interativa de Proteção, organizada pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
De acordo com a presidenta da Icatu Hartford, é fundamental também fortalecer o conselho de ética do mercado e editar, sempre que possível, novos manuais de boas práticas. Maria Silvia Bastos também destacou a importância de campanhas públicas de esclarecimento do público e a realização de treinamentos focados, especialmente para o Judiciário e a imprensa.
Ela também citou a criação de um site para divulgar interpretação do mercado sobre normas e a organização de cursos de educação financeira nas escolas como outras medidas relevantes.
Para os corretores de seguros, ela recomendou o foco na venda consultiva, de acordo com o perfil de cada cliente e a assinatura de termos de responsabilidade pelas informações prestadas aos clientes.
Maria Silvia Bastos ressaltou ainda a necessidade de se adotar normas mais claras, que não dependam de interpretações; e o papel que cabe às ouvidorias, atuando como uma “ponte” entre clientes e seguradoras. Para ela, é preciso transformar a linguagem do mercado, deixando de lado o “segurês”.
Jornal do Commercio-RJ
