A tragédia do Haiti não abalou o mercado de resseguros internacional, pois existem poucos riscos de grande valor cobertos naquele país, segundo avalia o presidente da corretora de resseguros Cooper Gay, Seymour Matthews. Ele acredita, contudo, que o ano ainda pode reservar surpresas desagradáveis para as resseguradoras. É possível que haja um aumento no ritmo de atividade dos furacões em 2010, acima da média de anos anteriores, prevê o executivo.
Seymour Matthews diz que 2009 foi um ano de sorte para as resseguradoras, principalmente em razão da não ocorrência de grandes catástrofes naturais. Com isso, segundo ele, a taxa média de mortalidade e o custo econômico dos eventos estiveram entre os menores dos últimos 20 anos. Dados preliminares da Swiss Re indicam que morreram cerca de 12 mil pessoas em 2009 devido às catástrofes naturais (um dos menores números dos últimos 20 anos), contra 240 mil em 2008. Os prejuízos diminuíram de US$ 267 bilhões para US$ 52 bilhões entre os períodos comparados.
Ano lucrativo
O executivo da Cooper Gay destaca ainda que o ano de 2009, depois do abalo causado pela crise financeira internacional, foi muito lucrativo para as resseguradoras internacionais. Estivemos no caminho correto, com a soma de baixos níveis de perda com um desempenho melhor do que o esperado, conta Seymour Matthews.
A Cooper Gay, que figura entre as quatro maiores corretoras de resseguros do mundo, aposta no potencial do mercado brasileiro, principalmente na área de eventos. O grupo tem soluções já utilizadas com sucesso em eventos internacionais e que pode adotar no Brasil, em parceria com corretoras de seguros locais, nas coberturas direta e indiretamente ligadas aos preparativos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, assinala o presidente da Cooper Gay do Brasil, Fabio Basilone.
Jornal do Commercio-RJ