Ultima atualização 14 de janeiro

Recomendações globais contribuirão para a redução de acidentes de trânsito

Na I Conferência Ministerial Global sobre Segurança Viária, realizada em Moscou, na Rússia, em novembro de 2009, que reuniu representantes de cerca de 140 países, foi elaborada uma declaração para que a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleça, em sua Assembleia Geral, a Década de Ações para a Segurança Viária de 2011 a 2020, com a meta de estabilizar e reduzir acidentes de trânsito em todo o mundo.
O Brasil foi representado por uma delegação capitaneada pelo deputado federal Hugo Leal, e que contou com a participação de José Aurelio Ramalho, diretor de operações do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária). O centro de pesquisa foi a única empresa privada convidada pelo governo brasileiro para participar como membro da delegação, oferecendo suporte técnico. O evento foi realizado com o apoio do Banco Mundial, da OMS (Organização Mundial da Saúde), das Comissões Regionais das Nações Unidas e da Fundação FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
No conteúdo da declaração, foram estabelecidas algumas recomendações globais que os países participantes esperam ver endossadas pela ONU, que são as seguintes:

1. Encorajar a implementação das recomendações do Relatório Mundial sobre Prevenção a Ferimentos no Trânsito.
2. Reforçar a liderança governamental em assuntos de segurança viária, e, ao mesmo tempo, reforçar o trabalho de agências e mecanismos de coordenação de maneira nacional e regional.
3. Estabelecer metas de redução de acidentes ambiciosas e factíveis, relacionadas a um plano de investimentos para a causa, e mobilizar recursos para a implementação das iniciativas necessárias para o alcance das metas.
4. Desenvolver e implementar políticas e soluções de infraestrutura visando a proteger todos os usuários das vias, especialmente os mais vulneráveis.
5. Dar início ao desenvolvimento de meios de transporte mais seguros e sustentáveis, e também encorajar o uso de formas alternativas de transporte.
6. Praticar a harmonia entre as boas práticas de segurança viária e veicular.
7. Reforçar a aplicação e a conscientização da legislação de trânsito existente, e, sempre que necessário, aprimorá-la, além de melhorar os sistemas de registro de motorista e veículo por meio dos padrões internacionais.
8. Encorajar as organizações ao uso das melhores práticas do gerenciamento de frota.
9. Encorajar ações de cooperação entre entidades da administração pública, organizações ligadas à ONU, setores públicos e privados, assim como a sociedade civil.
10. Aprimorar a coleta de dados e a possibilidade de compará-los com informações de outros países, adotando a definição padronizada de que uma morte no trânsito pode se referir a uma pessoa morta imediatamente durante o acidente ou mesmo 30 dias depois, em conseqüência do acidente; também é preciso facilitar a cooperação internacional para desenvolver sistemas de dados harmônicos e confiáveis.
11. Fortalecer os serviços hospitalares para atender ocorrências de trauma e necessidades de reabilitação, além da reintegração social, assim como o acesso aos serviços de saúde.

Movimento Chega de Acidentes
O Cesvi, sempre envolvido em discussões em prol da segurança viária e veicular, em setembro de 2009 criou, junto com outras entidades, o movimento pela implantação de um Plano Nacional de Segurança Viária no Brasil, o ?Chega de Acidentes?. A campanha pretende chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o grande número de acidentes e mortes no trânsito. Em 2010, o Cesvi realizará reuniões permanentes com as entidades que apoiam o movimento Chega de Acidentes, com a finalidade de articular projetos voltados para a década da segurança viária no País.
No site www.chegadeacidentes.com.br um relógio virtual estima a evolução da quantidade de vítimas fatais e não fatais no Brasil, e o impacto econômico dos acidentes e suas vítimas. Desde que o relógio iniciou a estimativa, em 18 de setembro último, o trânsito já provocou a morte de 12.064* pessoas e outras 38.221* foram hospitalizadas. De acordo com dados levantados pelo movimento, o impacto econômico desses acidentes corresponde a cerca de R$ 11 bilhões*. Esse valor equivaleria ao investimento em 73 km* de linha de metrô em São Paulo; 214* hospitais de reabilitação; 306.295* casas populares; e cerca de 45 milhões* de cestas básicas.

*Dados da última estimativa do Chega de Acidentes em 13/01/2010, às 17h13.

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