Em um país que necessita de infraestrutura, segurança jurídica e previsibilidade nos negócios, o seguro garantia atua como um instrumento essencial não apenas para empresas e gestores públicos, mas para o próprio desenvolvimento econômico do Brasil. Trata-se de uma modalidade que, embora ainda pouco compreendida fora dos círculos especializados, é fundamental para viabilizar contratos, destravar investimentos e proteger o interesse público e privado.
A Circular 662 da Susep, com a introdução de cláusulas como a step in, representa um divisor de águas. Ao permitir que a seguradora assuma o contrato em caso de inadimplência do tomador, traz mais segurança para o contratante e confiança para o mercado. Trata-se de um avanço regulatório que pode impulsionar a penetração do produto e estimular a entrada de novos players e projetos.
O seguro garantia vai muito além da função de um mero instrumento técnico. Ele é um catalisador de confiança. Confiança de investidores, de contratantes e da sociedade, que espera ver seus impostos convertidos em infraestrutura de qualidade. Para o setor de seguros, representa uma oportunidade estratégica de demonstrar seu papel como agente de desenvolvimento, atuando de forma ética, transparente e eficiente.
Nesta edição também trazemos informações sobre um importante evento realizado em São Paulo. A Conseguro mostrou que o mercado está buscando o seu lugar nas discussões sobre as mudanças climáticas e transformação digital, além de se aproximar dos poderes públicos para conseguir aprovar as pautas que sejam do interesse do setor.