Ultima atualização 23 de julho

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Seguro para exposições ajuda a proteger obras de arte e patrimônio cultural

EXCLUSIVO – Há poucos dias, acompanhamos a notícia de um incêndio no Rio de Janeiro que destruiu toda a exposição da ‘Casa Warner. O problema começou na parte elétrica e trouxe à tona a importância de se proteger obras de arte em exposições

Ricardo Minc, Diretor de Esportes, Mídia e Entretenimento na Howden – corretora especializada em seguros de alta complexidade, diz que a proteção de obras de arte em exposições é uma questão essencial para garantir a segurança e a integridade dos bens culturais. Ele conta que na Howden é organizada uma cobertura do tipo All Risks (“todos os riscos”) para proteger contra uma ampla variedade de situações, desde a retirada do local de origem, transporte, permanência na exposição até a devolução. Essas apólices são classificadas no ramo de risco diversos e são personalizadas para cobrir objetos de arte em exposições, feiras, mostras públicas e privadas.

Ricardo Minc, Diretor de Esportes, Mídia e Entretenimento na Howden

“Trata-se de um seguro válido para eventos em diversos ambientes, como galerias, museus, casas de leilão, universidades, aeroportos, centros culturais, shoppings, entre outros. Além disso, a apólice cobre manifestações visuais e plásticas, como desenhos, pinturas, esculturas e arquitetura, além de objetos modernos de raridade ou interesse histórico,” explica Ricardo.

Quem deve contratar o seguro?

Geralmente, quem contrata o seguro é o responsável pelo bem, frequentemente o organizador do evento. Para cada objeto exposto, é feito um contrato de empréstimo onde o comodatário (geralmente o organizador) é responsável pela contratação do seguro. 

“É imprescindível que o proprietário revise as cláusulas do seguro para garantir que as coberturas atendam às suas expectativas e que ele seja o beneficiário final do seguro,” orienta Minc. Isso assegura que os bens possam ser apreciados por terceiros de maneira segura, protegendo o patrimônio cultural.

Coberturas Oferecidas

As coberturas normalmente oferecidas são abrangentes e incluem: depreciação do bem em caso de sinistro; custo de reparação; cobertura para catástrofes naturais (alagamento, vendaval, furacão, tremor de terra); violência política, cobrindo bens em consequência de greve, tumulto, vandalismo, terrorismo; cobertura de prego a prego durante todo o trajeto, incluindo aeroportos e armazéns temporários; valor acordado; cláusula de conjunto (indenização do conjunto de obras); recompra do bem; nomeação de Perito de Seguro; nomeação de Restaurador.

Esse tipo de seguro é fundamental para viabilizar exposições culturais, permitindo que o dono da obra a empreste com tranquilidade e minimizando danos patrimoniais por meio da indenização. Além de proteger bens culturais, é essencial pensar na segurança do público e garantir que os eventos sejam realizados com respeito pelo valor inestimável das obras e pela segurança dos visitantes.

“Trata-se de um seguro que viabiliza exposições culturais, permitindo que o dono da obra a empreste com tranquilidade, minimizando, assim, os danos patrimoniais por meio da indenização”, enfatiza Minc.

Diferença entre seguro de exposições e seguro de obras de arte

Ricardo explica que o seguro de exposições é uma modalidade do seguro de obras de arte, mas com um escopo específico. Existem apólices para diferentes necessidades, como coleções, galerias, exposições e museus. Cada atividade tem uma apólice específica que cobre seus respectivos riscos.

“Por exemplo, apólices para galerias cobrem acervos próprios, consignação, guarda, exposição na galeria ou feiras de artes para venda. Apólices de coleções podem cobrir várias situações similares, mas não obras para venda. Apólices de museus cobrem acervos próprios e exposições temporárias,” explica o representante.

O mercado brasileiro está em desenvolvimento no que diz respeito à cultura de seguro de artes. Apesar de um avanço pequeno, há crescente interesse de pessoas e instituições em proteger seus acervos.

“Atuamos há 20 anos no mercado e percebemos um pequeno avanço neste mercado e o interesse de pessoas e instituições em proteger seus acervos,” afirma o representante.

Especialização é fundamental

Para colecionadores, museus, pessoas físicas ou jurídicas, é crucial estar cercado de especialistas, como corretores, seguradoras, transportadores, montadores, locais expositivos, museólogos, restauradores e reguladores de sinistro experientes. É vital que a seguradora e o corretor desenvolvam apólices que realmente forneçam segurança adequada, com cláusulas claras e transparentes.

“É responsabilidade do proprietário e do corretor de seguros exigir e verificar as cláusulas adequadas, com precificação correta e justa,” conclui o representante.

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