Querido entre os brasileiros, o cartão de crédito é o meio de pagamento mais utilizado nas transações financeiras. Não à toa, o questionamento “débito ou crédito?” já tornou-se marca carimbada nos estabelecimentos comerciais. Inclusive, segundo as Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, mapeadas pelo Banco Central, o Brasil fechou o ano de 2020 com 134 milhões de cartões de crédito, 12% a mais do que no ano anterior.
Além disso, de acordo com um levantamento da Serasa, cerca de 70% dos brasileiros possuem três ou mais cartões, e 69% destes não acreditam, nem se prevenim com relação aos riscos de cadastrar dados sensíveis do cartão de crédito em aplicativos ou sites.
Mas, afinal, ao adquirir um cartão de crédito, vale a pena pagar aquela taxa extra quanto ao seguro? A resposta é: SIM! Pois, em tempos onde os riscos de sofrer um assalto ou ser vítima de golpes só aumentam, os seguros podem ser uma excelente alternativa preventiva e minimizar as possíveis “dores de cabeça”.
De acordo com o BTTng, plataforma de inteligência em fontes abertas e ameaças cibernéticas, as tentativas de fraudes financeiras com cartões, seja crédito, débito ou pré-pago, aumentaram aproximadamente 637% em 2022, em comparação ao primeiro semestre de 2021. O sistema coletou informações de quase três milhões de cartões do mundo todo, sendo mais de 283 mil com origem brasileira, o que representa um crescimento de mais de 46% em relação ao número de cartões nacionais identificados entre 2021 e 2022.
Analisando este cenário, contratar um seguro para o cartão de crédito é essencial. Afinal, mesmo não sendo um item obrigatório, ele poderá auxiliar em diversas situações, como roubo, sequestro-relâmpago, furto, perda e extravios, por exemplo.
Lembrando que apesar destas situações mais frequentes, o seguro também dispõe de uma série de outras coberturas, como compra protegida, para os casos em que o item adquirido sofra algum dano acidental ou mesmo roubado no período de 30 dias, compras ou saques feitos sob coação, morte acidental ou invalidez permanente, roubo em caixa eletrônico, onde assegura o dinheiro roubado do cliente após o saque no caixa eletrônico fazendo uso do cartão, dentre tantas outras.
Porém, cada seguradora possui suas respectivas coberturas. Por isso, atente-se à apólice e analise se ela está de acordo com o que precisa, em termos de proteção, antes da possível contratação.
Ademais, há algumas dicas simples para evitar as fraudes financeiras e, consequentemente, tornar o cartão de crédito mais seguro, como desconfiar das promoções que parecem boas demais para ser verdade, pesquisar a reputação da marca, atentar-se aos contratos e termos de garantia, ter cuidado com os links que chegam de desconhecidos por meio de redes sociais, Whatsapp, e-mail ou SMS pedindo cadastro ou oferecendo brindes e descontos etc.
Portanto, ao levar em consideração o custo-benefício do seguro e o aumento significativo das fraudes financeiras, não há dúvidas! Administre este baixo investimento que custa, em média, R$ 5 e R$ 10, por mês, com os seus gastos pessoais e, principalmente, adote medidas mesmo que mínimas para se proteger.
* Por Alberto André, CEO do Plusdin