Ultima atualização 18 de agosto

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Realidade aumentada será fundamental para seguradoras no pós-pandemia

Segundo uma pesquisa da GlobalData, o uso desta tecnologia cresceu no mercado de seguros após os desafios impostos pela Covid-19

Com a realidade aumentada programada para se tornar um mercado de US$ 152 bilhões até 2030, a sua utilização no mercado de seguros também está crescendo, de acordo com a GlobalData. A empresa observou que a demanda da tecnologia entre as seguradoras foi impulsionada pela necessidade de inspeções remotas, alavancadas pela pandemia de Covid-19.

O relatório ‘Augmented Reality (AR) in Insurance’ revelou a crescente demanda das seguradoras pela realidade aumentada para combater desafios do setor, como a Covid-19, mudanças climáticas e rápida digitalização entre os mais jovens.

Amrit Dhami, analista associado da GlobalData, comenta: “A pandemia exigiu que as seguradoras começassem a usar a tecnologia de realidade aumentada na forma de inspeções habilitadas para AR, como plataformas de serviço. Isso permite que as companhias realizem inspeções remotas detalhadas. O especialista pode usar a realidade aumentada em um fluxo de vídeo ao vivo com o cliente para marcar pontos específicos, sobrepor texto e ponteiros para guiá-los ou medir distâncias reais na tela. Além disso, se um engenheiro de risco ou ajustador for necessário no local, eles podem usar óculos inteligentes para serem guiados com segurança por colegas externos, minimizando o número de agentes necessários no local da inspeção”.

O executivo continua: “A pandemia deixou um legado de operações remotas, e não é de admirar, considerando como isso pode reduzir significativamente o tempo de viagem, os custos e as emissões das empresas. Para as seguradoras, as inspeções nas plataformas de serviço continuarão a agilizar o processo de sinistros e permitirão que as seguradoras forneçam um melhor atendimento ao cliente”.

O relatório da GlobalData também identificou que a realidade aumentada ajuda as seguradoras a avaliar os riscos associados a eventos climáticos severos e riscos naturais.

Dhami ressalta: “A realidade aumentada permite que as seguradoras simulem desastres da vida real de forma eficaz e segura, estimando os danos associados e custos de reparos. As seguradoras podem sobrepor imagens de realidade aumentada em uma sala ou ambiente para estimar a extensão dos danos causados ​​por inundações, deslizamentos de terra ou outros desastres naturais. Mostrar aos clientes até que ponto a inundação de um cano de água estourado em seu porão pode se espalhar, pode informá-los sobre os ativos e dispositivos com maior risco de serem danificados, garantindo que as medidas preventivas sejam tomadas para reduzir reclamações evitáveis”.

Segundo o executivo, “é importante ressaltar que as seguradoras podem usar óculos de realidade aumentada para inspecionar com segurança locais danificados após eventos catastróficos. Informações como plantas ou plantas baixas podem ser sobrepostas no campo de visão do agente, auxilando na localização de tubulações de água e gás com segurança e com as mãos livres”.

A realidade aumentada também é uma ferramenta fundamental para manter a participação de mercado entre os clientes de seguros mais jovens. Por exemplo, o aplicativo da GEICO usa essa tecnologia e a câmera do telefone do usuário para sobrepor informações sobre diferentes instalações e atrações próximas.

Dhami acrescenta: “Os clientes de seguros de hoje, muitos dos quais são membros da Geração Z, esperam mais engajamento e inovação de suas seguradoras do que tradicionalmente acontece. As novas insurtechs estão cada vez mais tentando atrair esse grupo demográfico, de modo que as seguradoras tradicionais podem usar a realidade aumentada para animar suas campanhas publicitárias e fornecer serviços de entretenimento no aplicativo, atraindo os consumidores mais jovens e afastando as insurtechs. O marketing de AR é acessível devido à onipresença de smartphones habilitados para essa tecnologia, portanto, deve ser integrado aos aplicativos existentes das companhias”.

N.F.
Revista Apólice

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