Ultima atualização 04 de fevereiro

powered By

Como fica o seguro de carros modificados para combustível GNV

Caso ocorra algum sinistro e o condutor não tenha informado a modificação feita no automóvel para a seguradora, a companhia pode negar a indenização

EXCLUSIVO – Todos os brasileiros que são proprietários de um automóvel sabem que nunca foi tão caro abastecer o carro. Com o crescimento dos preços nas refinarias, o litro da gasolina já acumula uma alta de 74% em 2021. Além disso, o diesel também subiu 65% desde o início do ano, puxando com eles também o valor do etanol. Esses índices estão fazendo com que muitas pessoas adaptem seu veículo para o GNV (Gás Natural Veicular). Segundo dados da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito), mais de 160 mil conversões foram realizadas entre janeiro e setembro, ante 86 mil adaptações feitas no mesmo período do ano passado.

Entretanto, caso o motorista opte por fazer essa adaptação e conte com uma apólice de seguro automóvel, é preciso estar atento para que, caso ocorra algum sinistro, a indenização não seja negada pela seguradora. “Converter o motor do carro para GNV e esquecer-se de alterar a apólice do seguro pode gerar muitos problemas em caso de sinistro. É muito importante estar segurado da maneira correta logo quando se faz a conversão. Imagina se alguém bate no veículo e danifica o kit gás? Se o seguro não tiver a cobertura para GNV, esse prejuízo não poderá ser ressarcido. A mesma coisa ocorre em relação a roubo. Sem a proteção correta, o valor do kit não poderá ser indenizado”, afirma Marcelo Moura, diretor de automóvel e Massificados da HDI.

O Gás Natural Veicular é um combustível alternativo para automóveis de passeio e alguns comerciais leves, sendo proveniente da extração de petróleo e de certos minerais e tendo como base o metano. Além de ser ecologicamente correto, pois ele emite 65% menos de monóxido de carbono que a gasolina, geralmente ele é mais barato. Um levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo) entre 7 e 13 de novembro constatou que o preço médio nacional do GNV estava em R$ 4,27 por m³, enquanto o litro da gasolina R$ 6,75.

Segundo Pedro Souza Pimenta, diretor de Automóveis da Mapfre, é condição no contrato de seguro que qualquer alteração no risco deve ser formalizada à seguradora, sejam dados sobre o veículo, o condutor ou o segurado, pois isso pode mudar, inclusive, o critério de aceitação do risco. “Em geral, o aumento da precificação está associado ao custo da cobertura do equipamento instalado. Caso o segurado não faça a comunicação ele não terá direito a qualquer indenização desse equipamento em caso de perda integral ou parcial do mesmo. O seguro em geral oferece cobertura a danos parciais ou totais ao equipamento instalado, desde que o mesmo esteja devidamente regulamentado em relação a legislação vigente”, diz.

Para Luiz Padial, diretor de Automóvel da Tokio Marine, a consultoria do corretor é fundamental para a explicação de todos os itens da proposta na apólice de seguro e a atualização constante do contrato, evitando que o segurado saia no prejuízo. “O corretor sempre irá orientar o cliente a fazer a melhor escolha. Além disso, aqui na companhia nós já trabalhamos com a cobertura automática para garantir a reposição do bem aos nossos clientes”, ressalta.

Nicole Fraga
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

AdBlock Detectado!

Detectamos que você está usando extensões para bloquear anúncios. Por favor, nos apoie desabilitando esses bloqueadores de anúncios.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO