A resseguradora Swiss Re divulgou o seu levantamento anual, com a comparação dos dados dos mercados de seguros dos países. A pesquisa destacou que o segmento de seguro de pessoas ainda tem potencial para crescer nos países emergentes.
A seguir, alguns comentários sobre o Brasil, extraídos da tabela e do gráfico abaixo:
- De 2015 para 2016, a elevada taxa de crescimento do VGBL (inserido pela Swiss Re no grupo “Vida”) resultou em um incremento de participação mundial do Brasil nesse tópico. Por exemplo, de 1,46% para 1,57% da receita total dos países. Por outro lado, o segmento “Não Vida” teve uma trajetória oposta, ainda em função dos fortes efeitos da crise econômica, com queda de 1,58% para 1,50% da receita total dos países.
- De 2016 para 2017, o setor de seguros no país teve recuperação por dois motivos, quando comparado aos dados mundiais. Primeiro, o próprio crescimento de receita em reais e, segundo, o ganho cambial, pela desvalorização do dólar. Lembrar que a receita de seguros de todos os países é transformada para dólares pelo câmbio médio do ano. Com isso, ao contrário da variação assimétrica de 2015 para 2016, agora os dois segmentos cresceram, em termos de participação no mundo. O de “Não Vida”, de 1,50% para 1,63%; e o de “Vida”, de 1,57% para 1,76%.
- No total, as participações do Brasil – em 2015, 2016 e 2017 – foram, respectivamente, 1,52%, 1,54% e 1,70% do mercado segurador mundial. Isto é, apesar das dificuldades, houve crescimento no período em questão. Atualmente, o país ocupa a 12ª posição geral no mercado segurador mundial.
- Nesse estudo não está incluído o seguro saúde. Assim, para evitar discussões teóricas – como, por exemplo, se o VGBL deve ser ou não incluído nesse cálculo ou que segmento das operadoras de saúde devemos considerar como faturamento de seguro -, um indicador mais tranqüilo é avaliar somente a evolução do mercado de “Não Vida” na receita mundial de seguros.
- Isso está representado no gráfico abaixo, com a análise dos últimos 10 anos. Em termos didáticos, podemos separar a evolução do mercado segurador brasileiro em quatro fases. De 2007 a 2011, forte taxa positiva de crescimento. De 2011 a 2014, estabilidade na participação. De 2014 a a 2016, queda, pelos efeitos de crise econômica. De 2016 a 2017, já temos uma recuperação, embora ainda lenta.
Prêmios (US$ bi) | 2015 | 2016 | 2017 |
Vida | 37,1 | 41,0 | 46,9 |
Não Vida | 32,0 | 31,6 | 36,4 |
Total | 69,1 | 72,6 | 83,3 |
% no Mundo | 2015 | 2016 | 2017 |
Vida | 1,46% | 1,57% | 1,76% |
Não Vida | 1,58% | 1,50% | 1,63% |
Total | 1,52% | 1,54% | 1,70% |
Ranking no Mundo | 2015 | 2016 | 2017 |
Vida | 16 | 14 | 14 |
Não Vida | 12 | 13 | 13 |
Total | 14 | 14 | 12 |
Veja o estudo completo no link.