A Seguradora Líder, responsável pela administração e operação do Seguro DPVAT, divulgou nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, o Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras relativo ao ano de 2017. A empresa encerrou o exercício do ano passado com uma arrecadação bruta de R$ 5,9 bilhões. O montante foi de R$ 2,79 bilhões – ou cerca de 32% – menor ante 2016. Um dos pontos de destaque dos resultados aferidos foi a redução de 8% nas Despesas Administrativas.
“A eficiência e o controle de custos são duas prioridades da gestão desta companhia. Detalhamos, de forma transparente, todos os nossos números neste relatório. Compartilhamos os resultados da gestão deste importante instrumento de proteção social”, enfatiza Ismar Tôrres, diretor-presidente da companhia.
Da arrecadação total, metade foi encaminhada diretamente ao Sistema Único de Saúde (SUS), que recebe 45% do total obtido (R$ 2,96 bilhões) e ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), que fica com 5% dos repasses (R$ 296,5 milhões) do DPVAT. O restante foi repassado à seguradora para despesas como o pagamento de indenizações, as despesas administrativas, as despesas operacionais, a constituição de provisões técnicas e uma margem de resultado fixa, estipulada em Lei, de 2% do total da arrecadação.
As ações de combate à fraude contra o Seguro DPVAT ganharam destaque nesta edição do balanço. Foram mapeadas 17.550 tentativas de fraude que, se pagas, gerariam perdas na ordem de R$ 222,9 milhões em pagamentos indevidos. Durante 2017, a entidade também reportou às autoridades competentes 1.462 notícias de crime nesse tipo de seguro. “A evolução dos mecanismos de controle e o amplo uso da tecnologia na análise dos pedidos permitiu que os pagamentos evitados em casos comprovados de fraudes fossem 85% superiores aos aferidos em 2016. Isso evidencia a evolução dos mecanismos de controle da empresa”, reforçou Tôrres.
Perfil das indenizações pagas
Do total de indenizações sanadas pela seguradora (383.993), 49% das vítimas estavam concentradas na faixa de 18 a 34 anos, justamente o grupo no qual está a maior parcela da população economicamente ativa do País.
Os números também sinalizam a relevância das motocicletas no cenário de acidentes nas ruas e estradas do Brasil. Elas representam apenas 27% da frota de veículos nacional, mas estão relacionadas a 74% das ocorrências registradas.
Do total de 41.151 indenizações por morte registrado no ano passado, as vítimas em acidentes com motocicletas representam quase a metade. São 48% dos óbitos registrados no período (19.753). Esta parcela foi equivalente a R$ 265,9 milhões em indenizações.
