Ultima atualização 18 de janeiro

População ainda subestima risco de perda de renda

Estudo global entrevistou mais de 11 mil pessoas em 11 países para entender a percepção da população sobre como proteger sua renda

dinheiro renda

A população global ainda subestima o risco real de perda de renda. No mundo todo, 38% das pessoas acreditam que existe menos de 10% de chance de um evento inesperado impedir sua capacidade de gerar renda. No Brasil, o índice é ainda maior e chega a 41%. Na contramão, 44% das pessoas já tiveram perda de renda devido à invalidez ou morte de algum familiar. Os dados são do Estudo Zurich – Falhas na Proteção de Renda/2016, realizado em parceria com a Universidade de Oxford e que entrevistou mais de 11 mil pessoas no Brasil, México, Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha, Alemanha, Suíça, Malásia, Hong Kong e Austrália.

“Está claro para nós que, hoje, existe uma incapacidade global de o Estado continuar provendo benefícios para a cobertura de riscos à renda da população e, por isso, é nosso papel enquanto empresa global conscientizar todos os envolvidos: Estado, iniciativa privada, mercado securitário e população”, explica Edson Franco, CEO da companhia no Brasil sobre a realização do Estudo. “Com esta análise aprofundada, buscamos sensibilizar a sociedade sobre o tema e promover um entendimento coletivo sobre causas e consequências que levam a estas perdas”, completa o executivo.

Corroborando com a visão do CEO, o Estudo mostra que o governo é visto como a principal fonte de renda dos brasileiros em situações de perdas repentinas. As poupanças pessoais são vistas como a segunda alternativa.

Diante deste cenário, é possível dizer que o mercado de seguros pessoais tem muito espaço para crescer no Brasil, visto que somente 19% entre mais de mil brasileiros pesquisados, por exemplo, têm algum produto que previne a perda de renda em caso de morte, o pior índice entre 11 países pesquisados. O segundo país com mais baixo índice é o Reino Unido, com 21% de penetração deste tipo de seguro. A média global é de 32% de assegurados. Especificamente em relação à proteção de renda em casos de doenças graves ou invalidez, somente 22% dos entrevistados brasileiros estão assegurados.

Equívocos sobre seguros retarda avanço

Sobre a real noção em relação aos produtos contra perda de renda causada por morte, 78% dos brasileiros afirmam desconhecer as alternativas existentes no mercado, enquanto que 71% não conhecem as proteções contra perda de renda por invalidez ou doença grave. Apesar disso, dentre os entrevistados que não têm Seguro de Vida, mais da metade (56%) diz considerar adquirir alguma proteção, colocando o Brasil à frente de outros sete países consultados, como Itália (65%), México (71%) e Malásia (73%).

Outro dado alarmante vem do questionamento sobre quanto tempo as pessoas conseguiriam se manter, caso perdessem seus empregos. Dos cerca de 1 mil brasileiros entrevistados, 3/4 (ou 72%) não teriam renda para se manter mais de seis meses – e 28% não teria como custear seus gastos por mais de um mês. Ambos os índices do Brasil estão acima da média global, 67% e 20%, respectivamente. No México, por exemplo, apenas 18% das pessoas responderam que não teriam dinheiro para mais de um mês sem trabalhar.

Na visão de Edson Franco, o mercado securitário tem a responsabilidade de promover um debate mais didático para que a população tenha mais consciência dos riscos de perder a totalidade de sua renda em caso de eventos extremos. O executivo afirma que as prateleiras de produtos de Vida e Previdência vêm se modernizando para atender aos diferentes perfis de público e renda, mas reforça que ainda há espaço para avançar muito mais. “A crença da população de que o Estado dará conta de garantir a totalidade de eventuais lacunas de perda de renda precisa mudar urgentemente”, afirma.

Segundo o Estudo, as seguradoras detêm a preferência dos brasileiros na aquisição de produtos contra perda de renda. Ainda assim, há um equívoco marcante quanto ao custo de um seguro contra perda de renda: 49% dos entrevistados afirmam estar dispostos a pagar quase o dobro do valor real de um produto securitário. Pelo equívoco, consideram que o custo ultrapassa suas expectativas e deixam de adquirir, sendo que cada tipo de proteção pode ser contratada por menos de 5% dos rendimentos pessoais.

Papel do empresariado

O Estudo Zurich – Falhas na Proteção de Renda identificou ainda que os 67% brasileiros preferirem benefícios a melhores salários. Somente 19% preferem salários mais altos em detrimento de benefícios. O México é o único país que tem índice maior que o brasileiro: 79%. Apesar de no Brasil a oferta dos empregadores ser a primeira razão que levaria os entrevistados a contratarem um seguro de proteção de renda, apenas 13% dos entrevistados nos 11 países disseram já ter recebido a oferta das empresas onde trabalham.

“Os dados deixam claro que está sob responsabilidade do mercado securitário desmistificar à população as formas de garantir a proteção de renda, ou seja, sem venda consultiva ainda é muito difícil chegar a este ideal”, comenta o CEO. “Quanto mais bem informada, mais a sociedade entende a necessidade de se precaver e, para isso, é necessário um esforço conjunto”, finaliza o executivo.

A.C.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock