O lucro líquido global da Mapfre durante os seis primeiros meses deste ano totalizou 380 milhões de euros, o que representa um incremento de 20,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. As receitas somaram 14,6 bilhões de euros, montante 0,8% maior que o primeiro semestre de 2015. O volume de prêmios emitidos, por sua vez, alcançou 12,1 bilhões de euros (decréscimo de 0,8% em relação ao mesmo período de 2015). No entanto, é importante destacar que em quase todos os países onde a companhia atua registra-se crescimento em moeda local.
“Estes resultados são decorrentes da estratégia marcada para o triênio 2016-2018, que foca o crescimento rentável, com uma excelente gestão técnica do negócio, o que se traduz numa maior rentabilidade. O destaque fica especialmente para a operação na Espanha, onde crescemos de forma sólida nos principais ramos e seguimos reduzindo custos internos e registrando melhoras significativas dos principais negócios, especialmente de automóveis”, informou o presidente da empresa, Antonio Huertas.
O Índice Combinado (principal indicador do setor de seguros) melhorou 1,6 ponto percentual em relação ao primeiro semestre de 2015 e se situa em 97,5%.
Os ativos totais superaram os 69 bilhões de euros, com crescimento de 8,8%. O patrimônio líquido alcançou 8,9 bilhões de euros com evolução de 4,3% no semestre.
Os recursos sob gestão financeira, por sua parte, tiveram um incremento de 6,2% no período e totalizam 40,3 bilhões de euros.
O índice de Solvência II, que em março deste ano era de 200%, registrou aumento do capital de alta qualidade (93% de TIER 1).
Outro destaque foi a redução dos custos financeiros, decorrentes da substituição de obrigações vencidas em novembro de 2015, no valor de 1,0 bilhão de euros – com cupom de 5,125% por títulos de 10 anos com cupom 1,625%.
No Brasil
O volume de negócios na Regional Brasil alcançou R$ 8,8 bilhões, registrando 3,2% de crescimento em relação ao primeiro semestre de 2015. Em euros, as receitas totais somaram 2,2 bilhões, decréscimo de 13%. A depreciação do real em relação ao euro observada na comparação com o mesmo período do ano anterior e a menor atividade de vendas de seguros vinculados a empréstimos concedidos pelo canal bancário (vida) afetaram o crescimento da companhia. É importante destacar que os negócios “não vida” cresceram 11% em moeda local, impulsionados pelo maior volume de vendas de seguro agrícola e grandes riscos.
O resultado antes de impostos de todas as atividades no Brasil somou R$ 1,6 bilhão ou 399 milhões de euros (-10,4% em euros e + 7,6% em moeda local), e continua sendo o mais representativo entre as sete regionais da Mapfre no mundo. Já o lucro líquido do Brasil, de R$ 274 milhões (68 milhões de euros), foi afetado, entre outras razões, pelo incremento da taxa da contribuição social de 40% para 45% e também pelo aumento da frequência de roubos no ramo de autos e eventos climáticos observados no primeiro trimestre, que afetaram os resultados do seguro agrícola.
“Como todo o mercado, sentimos os efeitos da crise econômica refletida nos menores crescimentos das vendas. Nossa atividade no Brasil, todavia, aporta 16,7% dos prêmios e 14,7% dos resultados globais da companhia. Temos um índice combinado excelente de 96,3% e um ROE de 13%. Embora sejamos conscientes de que a retomada econômica seguirá de forma gradual, mas lenta, estamos fazendo a ‘lição de casa’ com rigor na contenção de custos, implementação de ferramentas que melhoram o atendimento ao cliente e ao mesmo tempo nossa eficiência, lançamento de novos produtos, incentivos aos canais de venda e, fundamentalmente, aplicando maior rigor técnico em nossa seleção de riscos”, comentou Wilson Toneto, CEO da empresa no Brasil. “No segundo trimestre, já observamos uma melhora tanto em vendas quanto em resultados e seguimos confiantes de que fecharemos o exercício com bons resultados ”, conclui o executivo.
L.S.
Revista Apólice