Ultima atualização 15 de junho

Seguradora aposta em novo foco de atuação

A seguradora SulAmérica, conhecida principalmente por sua atuação eu Auto e Saúde, foca no mercado de vida para superar a crise

Pessoasazuis

O corretor de seguros continua sendo o principal canal para as companhias seguradoras. Mesmo com essa sólida parceria, existem maneiras de lapidar, melhorar essa relação. É isso que tentam fazer as assessorias de seguro filiadas da Aconseg-SP, entidade que recebeu na última terça-feira, 14, Gabriel Portella, presidente da SulAmérica e outros diretores da companhia para falar sobre os frutos que essa relação tem gerado e as apostas para os próximos meses, como é o caso do mercado de Vida, novo foco da seguradora.

Durante sua apresentação, Portella falou principalmente da história da companhia, fundada em 1895 com seu desenvolvimento mais profundo até 1997, quando foi consolidada como uma seguradora multilinha. Embora de formação familiar, o executivo destacou o grande porte da companhia que hoje tem o capital aberto, operando na Bolsa de Valores e que conta com nomes como a Swiss Re, que detém 15% do capital, entre seus acionistas.

Serviços mais digitais
Após todo o desenvolvimento veio o interesse em digitalizar a empresa. A tecnologia, segundo o presidente, tem sido observada de perto.  “Quando falamos em uma média de 55 milhões de acessos em nosso portal, vemos a transformação que isso teve em nossa vida. É um fenômeno que começamos a trabalhar de maneira diferente”, comemorou.
Destaque na operação da companhia, a área de saúde teve seus próprios avanços nesse quesito. Há hoje um produto saúde totalmente digital, além da rede de credenciamento, que saiu do papel e foi para uma plataforma online atualizada frequentemente. “Ninguém está fora desse mundo, nem segurados, nem corretores”, avaliou.

Sobre 2016

Reverter estratégias e ações. Esse tem sido o lema da companhia em 2016, de acordo com Portella. O executivo destacou que este ano terá que ser marcado como “o ano em que foi preciso fazer tudo diferente do que foi feito até 2015” para que haja uma efetiva retenção de corretores e de clientes.
Descobrir nichos de atuação e se preocupar com custos e resultados são itens no topo da lista para manter o ritmo. “Não vamos demitir ninguém. Vamos investir porque sabemos que a crise é passageira”, afirmou, lembrando que a longevidade da companhia fez com que ela atravessasse outros grandes momentos históricos de crise. “Estamos nos preparando para quando a crise mudar de direção”, completou Portella.
Para esse planejamento estão investimentos e ampliação de produtos como o garantia aluguel, seguro viagem etc. “Temos muita disposição e abertura para solucionar problemas”, destacou.
O novo foco em Vida da companhia foi destacado por Matias Ávila, diretor vice-presidente da SulAmérica. De acordo com ele, a queda no seguro auto que foi prevista para 2020 chegou antes, muito por causada queda nas vendas de automóvel. Por isso, será imprescindível apostar em alternativas. “A intenção não é abandonar o auto, mas olhar para outras carteiras e ficarmos tranqüilos ao saber que iremos superar esse momento”, aconselhou.

Automóvel

Eduardo Dal Ri, vice-presidente de Automóveis e massificados, concorda com essa mudança de foco, especialmente porque essa foi uma carteira única para muitos corretores durante bastante tempo. “A única forma do corretor de pequeno porte se manter relevante é se tornando multilinha”, afirmou. Dal Ri acredita que a força desses corretores está justamente na rede que existe ao redor dele, na proximidade com seus clientes.
Mesmo com papel um pouco diminuído nesse cenário, a carteira de Auto ainda terá novidades, conforme anunciou o executivo: o Auto Compacto, produto da seguradora que já existe em três regiões do Brasil, deverá atingir o restante do País em 19 de junho, com exceção apenas para Rio de Janeiro e São Paulo que, por serem mercados muito maiores, deverão receber a novidade apenas em julho.
Esse produto deverá conter as mesmas garantias que o tradicional, como o RCF, carro reserva etc, seu diferencial estará na gama de serviços complementares oferecidos, que será menor para poder baratear o custo não contando, por exemplo, com serviços como motorista amigo e apresentando valores diferenciados na franquia “conquistando, assim, novos clientes, retendo os que já têm e atraindo os que estão em outra companhia ou saindo do mercado”, afirmou Dal Ri. Clientes até 24 anos não terão acesso a esse produto.
Eduardo Dal Ri ressaltou que não se deve confundir esse lançamento com o Seguro Auto Popular, produto há muito estudado e analisado pelo mercado, que agora passa por ajustes para poder chegar às prateleiras.
Quando o assunto é mercado de automóvel de luxo, Dal Ri é lacônico, sem descartar possibilidades. “Existe a chance de entrarmos nesse mercado, mas a prioridade, agora, é o Auto Compacto”, afirmou.

Amanda Cruz
Revista Apólice

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