Ultima atualização 21 de maio

MP convoca hospitais a enfrentar máfia do DPVAT

Quadrilha aliciava vítimas de acidentes de trânsito dentro de pronto-socorros no Norte de Minas

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O Ministério Público convocou os hospitais de Montes Claros e Janaúba a enfrentar a máfia do DPVAT que atuava no Norte de Minas, impedindo que os agenciadores atuem dentro dos pronto-socorros aliciando vítimas de acidentes de trânsito. Os promotores Paulo Márcio Dias e Guilherme Lorenzo Fernandez mostraram a eles que existe necessidade de cortar qualquer vínculo dos atendentes dos hospitais com as empresas que atuam como despachantes do seguro obrigatório, pois qualquer participação dos funcionários será coibida de forma rigorosa pela Polícia e Ministério Público.

Eles anunciaram ainda que a operação Tempo de Despertar, realizada no início de abril que culminou com a prisão de 39 pessoas e descobriu um rombo estimado em R$ 28 milhões, terá prosseguimento com a prisão de mais envolvidos. Até agora, estão presas sete pessoas, como o diretor administrativo do Hospital Regional de Janaúba, Leonardo Santos Fleury, único dirigente de hospital envolvido no esquema flagrado em escutas telefônicas. Os promotores salientaram que o envolvimento dele preocupou e mostrou a complexidade do esquema montado pela quadrilha.

Na reunião, os promotores mostraram que o principal local de atuação dos agenciadores do Seguro DPVAT é dentro dos hospitais, onde as vítimas procuram o atendimento. Até então, ficou comprovado que funcionários dos hospitais acionavam os agenciadores do seguro de trânsito, que faziam a abordagem da vítima antes mesmo de receber o atendimento. As escutas telefônicas flagraram este esquema. O pedido é que todo caso constatado pelos hospitais seja comunicado imediatamente ao Ministério Público, para a Polícia ser encaminhada e fazer o flagrante do envolvido.

Outro esquema descoberto pela Polícia Federal e Ministério Público foi a falsificação de boletins de ocorrências, quando policiais registravam boletins a pedido das empresas que atuavam no esquema, sem as presenças das vítimas. Outros casos, pessoas que ficaram feridas quando jogavam bola, caíram do cavalo ou mesmo se envolveram em brigas, acabavam recebendo o seguro Dpvat, com a fraude do Boletim de Ocorrência como se fosse acidente.

Fonte: Gazeta Norte Mineira

L.S.
Revista Apólice

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