Mais de cem pessoas estiveram sexta-feira, 19, no auditório da Funenseg,em Porto Alegre, para assistir a palestra do diretor da carteira de Automóvel da SulAmérica Seguros e presidente da Comissão de Seguro de Automóveis da Fenseg, Eduardo Dal Ri. No evento, promovido pelo Sindseg-RS, o palestrante apresentou uma visão do novo cenário do seguro de automóvel no Brasil, com destaque para o fim do commoditie. “As seguradoras se especializaram, criaram produtos inovadores e melhoraram seus processos para atender as expectativas do consumidor”, explicou. Segundo ele, a tendência vem sendo percebida há cerca de 10 anos, quando os clientes começaram a observar a diferença entre cada seguradora. “O mercado está mais maduro e as seguradoras estudam o cliente para oferecer o produto mais adequado”, complementou.
Outra afirmação foi sobre o seguro junto a nova classe C. “A classe C não compra seguro de auto porque é caro”, garantiu. Segundo ele, a migração da classe D para a C, aumentou o consumo de produtos da linha branca e incentivou seguro como de vida e saúde. Mas em automóvel, não houve crescimento e não haverá em curto prazo, somente quando houver uma migração da classe C para a B ou A, que consomem esse seguro.
Também foi abordada pelo diretor da SulAmérica a legalização do uso de peças usadas no reparo dos veículos. Segundo ele, as seguradoras não tem como usar esses produtos, até porque estimularia o aumento da criminalidade em roubo de veículos.
Ele informou que há falta de peças hoje no Brasil, principalmente para veículos cujas montadoras são da Coréia ou México, atrasando a entrega dos carros aos segurados. Salientou também que as companhias terão que rever sua cadeia de valor, investindo em qualidade nos serviços e na relação com as oficinas. Para finalizar, Dal Ri destacou que influenciar a cadeia de valor é a forma mais eficiente de garantir a qualidade do produto.
A.C.
Revista Apólice