Ultima atualização 18 de fevereiro

Pesquisa aponta quais são considerados os maiores riscos para empresas em 2013

Interrupção dos negócios, desastres naturais e incêndios aparecem na pesquisa global como os três principais riscos para as empresas

Quais os riscos capazes de interromper os negócios de uma empresa? Responder a essa pergunta e, consequentemente, estar preparado para um evento de “força maior” são preocupações comuns a empresas de todo o mundo. Falta de mão de obra qualificada e envelhecimento da população, por exemplo, com 16,7 % das respostas, aparecem entre os dez maiores riscos (número 6) no país, enquanto na média global não são citadas entre as dez maiores preocupações.
A pesquisa “Allianz Risk Barometer 2013” foi realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), marca dedicada a seguros de riscos especiais corporativos do Grupo Allianz. A pesquisa reuniu opiniões de 529 especialistas em seguros corporativos e industriais da Allianz sobre os riscos mais importantes que empresas em 28 países e diferentes setores podem enfrentar em 2013. Apesar de suas particularidades, segundo respostas dos entrevistados, o Brasil se iguala ao resto do mundo no que se refere aos três maiores riscos em 2013: paralisação do negócio por falha na cadeia de suprimentos; desastres naturais, como enchentes; e incêndios e explosões. Esse resultado parece estar associado à globalização.

Empresas globais, riscos globais
“As empresas globais operam hoje em um cenário de risco complexo, que apresenta desde os riscos tradicionais, como incêndio, até riscos ultramodernos, como interrupções da cadeia de suprimentos e crimes cibernéticos”, observa Axel Theis, CEO da AGCS Global.
Para Ângelo Colombo, presidente da AGCS Brasil, o país está vez mais exposto a riscos complexos à medida que sua economia cresce e suas empresas se expandem internacionalmente. “Com o crescimento, as corporações brasileiras passam a se integrar mais na economia global e, como consequência, enfrentam maiores riscos com a cadeia de suprimentos, com desastres naturais e, como revela o estudo, com a falta de mão de obra qualificada”, diz o executivo.
Mas os riscos também existem internamente. Na opinião de Drault Ernanny, vice-presidente executivo da AGCS Brasil, os investimentos que o país demanda em infraestrutura e energia, por exemplo, aumentam a sua exposição a riscos especiais. “O volume de obras aumenta rapidamente e a administração correta desses riscos pode reduzir as chances de uma interrupção nos negócios, evitando perdas bilionárias”, afirma o executivo.

Incêndio e explosões continuam no radar das empresas
Para surpresa do estudo, riscos considerados “tradicionais” ainda estão presentes nas agendas corporativas, caso do incêndio e das explosões. Ambos aparecem como o terceiro risco em potencial para os negócios tanto no Brasil, como no resto do mundo.
Incêndios são relativamente raros, mas podem causar problemas devido ao risco de interrupção dos negócios e da perda da propriedade, especialmente em indústrias de manufatura. As estatísticas da AGCS sobre perdas falam por si: das sete grandes perdas de propriedade industrial superiores a 10 milhões de euros em 2012, seis foram causadas por fogo. “As empresas não devem comprometer seus elevados padrões de proteção contra incêndio por causa da pressão econômica”, destaca Paul Carter, chefe Global da área de Consultoria de Riscos da AGCS.

Empresas estão mal preparadas para enfrentar falhas de TI e falta de energia
Segundo os especialistas da Allianz, as empresas levam muito a sério alguns riscos e subestimam outros. Por exemplo, falhas de TI ocasionadas por erro humano ou por crime cibernético podem acarretar grandes perdas em uma economia cada vez mais digitalizada. No entanto, apenas seis por cento dos especialistas da Allianz acreditam que os seus clientes estão realmente cientes deste risco.
O mesmo ocorre em relação à possibilidade de apagões regionais, uma vez que estão no radar de riscos de poucas empresas.  “A confiabilidade do fornecimento de energia vai diminuir no futuro por causa do envelhecimento da infraestrutura e da falta de investimentos substanciais”, explica Michael Bruch, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da AGCS. Os impactos de um apagão são muito maiores hoje do que há dez ou 15 anos, por causa da elevada dependência que as empresas têm das tecnologias da informação e da comunicação e da generalizada falta de preparo por parte das empresas.

A.C.
Revista Apólice

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