Ultima atualização 30 de outubro

Representante de operadoras critica suspensão da venda de planos de saúde

Segundo presidente da Abramge, operadoras deveriam ter sido previamente notificadas, com prazo para contestação dos dados apresentados

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, criticou a Agência Nacional de Saúde (ANS) por obrigar empresas do setor a suspenderem a venda de novos planos. Segundo ele, as operadoras deveriam ter sido previamente notificadas, com prazo para a contestação dos dados apresentados.

A ANS adotou a medida para obrigar as empresas a redimensionarem suas redes. Foi uma resposta ao crescimento das denúncias dos usuários sobre negativas ou atrasos na marcação de consultas e exames. Para o presidente da Abramge, as operadoras deveriam ter tido o direito de se defender.

– O mercado foi pego de surpresa. Foi um castigo muito severo que mexe com a imagem das empresas – comentou.

Segundo ele, diversas pesquisas indicam que de forma amplamente majoritária os usuários estão satisfeitos com os serviços prestados, com índices de aprovação que giram em torno de 94%.

Arlindo de Almeida também afirmou que, ao contrário do que se acredita, as operadoras trabalham com altos custos e reduzida lucratividade. Ele citou números que indicam uma lucratividade inferior a 0,5% ao ano nos dois últimos exercícios, em termos de resultado líquido depois do Imposto de Renda.

O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Bruno Sobral de Carvalho, justificou a decisão do órgão de suspender a venda dos planos de saúde:

– Se a operadora não tem condições de atender, provavelmente ela não tem rede credenciada. E se não tem como atender, tem que parar de vender os planos e redimensionar a rede – disse.

Gorette Brandão / Agência Senado

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