Ultima atualização 15 de outubro

Gestão e qualidade dos planos de saúde é tema de curso na PUC-Rio

Curso é focado na Resolução Normativa nº 277, da ANS

O setor de Saúde Suplementar tem inúmeros desafios à frente, seja de natureza socioeconômica, tecnológica, médica ou de gestão. Como em todos os segmentos, há mudanças frequentes e muitas controvérsias em torno da legislação, da regulação e dos contratos. Levando em conta a necessidade constante de qualificação e atualização especialmente dos profissionais ligados à área, o Departamento de Engenharia Industrial do Centro Técnico Científico da PUC-Rio está com inscrições abertas para o curso “Acreditação de Operadores de Planos de Saúde”, que aborda a Resolução Normativa nº 277 da ANS, lançada em novembro de 2011, e que estabeleceu o Programa de Acreditação de Operadores de Planos de Saúde, pioneiro no país.

A acreditação de operadoras se destina a fornecer aos potenciais compradores de planos de saúde uma informação resumida, mas completa, sobre as diferentes dimensões de qualidade de uma operadora. Dessa forma, o consumidor pode fazer melhores escolhas. As aulas, que acontecem entre 21 a 27 de novembro, das 9h às 18h, na unidade Centro (Av. Marechal Câmara, 186, 7º andar) da CCE/PUC-Rio, abordarão pontos fundamentais para que haja uma considerável melhoria na qualidade dos planos de saúde existentes no país e a consequente cobrança dos clientes por seus direitos na hora de serem atendidos. Desta forma, o curso é dirigido especialmente aos profissionais de Operadoras de Planos de Saúde interessados em obter a Certidão de Acreditação, além dos responsáveis, corresponsáveis ou envolvidos, direta ou indiretamente, no processo de acreditação. Podem participar também agentes da área da saúde, advogados, prestadores de serviço, assim como qualquer outro profissional interessado no tema.

“A saúde é uma atividade que por sua natureza convive com riscos. Os profissionais da área de saúde são seres humanos e, portanto, passíveis de falha. A utilização de metodologias para avaliação dos potenciais fatores de risco nos estabelecimentos de saúde é um fator importante para não só padronizar os procedimentos de credenciamento da rede, mas também, para facilitar as eventuais perícias judiciais e fiscalizações por parte dos Órgãos reguladores (ANVISA, ANS etc.)”, ressalta Alfredo Martinho, Coordenador Executivo do curso.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar destaca o mérito do curso: “É importante observar que a acreditação certifica. Este selo atesta que a operadora segue um conjunto de procedimentos importantes para a qualidade. Ao fazer sua escolha, o consumidor vai preferir uma operadora acreditada, o que pode lhe assegurar acesso a este padrão de atendimento. Já para as operadoras, a acreditação, enquanto diferencial, transforma-se em um poderoso instrumento de concorrência. Tudo isso se traduz em confiabilidade, consequentemente na fidelização e conquista de novos clientes”, afirma José Cechin, diretor executivo da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).

Com 147 pontos a serem seguidos, o programa da ANS segue modelos internacionais de avaliação da qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde, incluindo dados referentes aos seguintes tópicos: programa de melhoria da qualidade, dinâmica da qualidade e desempenho da rede prestadora, sistemáticas de gerenciamento das ações dos serviços de saúde, satisfação dos beneficiários, programas de gerenciamento de doenças e promoção da saúde, gestão, estrutura e operação.

“O processo de acreditação de operadoras, estabelecido pela Resolução Normativa nº 277/2011, tem a finalidade de estimular a adoção das melhores práticas por parte das operadoras, desenvolvendo no mercado condições para o estabelecimento da competição qualitativa e, ainda, incentivar a mudança do modelo técnico-assistencial existente. Deste modo, os consumidores passarão a ter uma melhor percepção dos diferentes níveis de qualidade existentes entre as operadoras. Quanto mais elevado for o grau de eficiência, melhor a percepção da qualidade, gerando economia, evitando desperdícios e permitindo uma melhor aplicação dos recursos disponíveis”, afirma Gina Regnier, especialista em regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Esta avaliação fica a cargo de empresas certificadoras que, depois de habilitadas junto ao Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – e homologadas pela ANS, têm autorização para fornecer uma certidão de acreditação, ou seja, um selo de qualidade, aos planos de saúde aprovados. Até o momento, nenhum plano de saúde brasileiro recebeu o selo. “A habilitação das certificadoras junto ao Inmetro assegura às empresas e aos usuários finais que elas possuem a competência e a imparcialidade exigidas para realizar as avaliações, tal como evidenciado pelo cumprimento das normas e requisitos internacionais”, ressalta Aldoney Freire Costa, chefe da Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação, do Inmetro.

Os interessados podem se inscrever pelo site http://www.cce.puc-rio.br, pelo telefone 0800 970 9556 ou, se preferir, presencialmente, em qualquer unidade (Gávea, Centro ou Barra). O investimento é de R$ 2.053,00 (dois mil e cinquenta e três reais), que pode ser pago em até três parcelas no cartão de crédito.

 

G.F.

Revista Apólice

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