O interesse brasileiro por arte contemporânea vem crescendo. Em 2011, o Brasil abrigou algumas das exposições com maior média de público do mundo e já consta da lista da conceituada revista americana The Art Newspaper entre os países que abrigam os museus mais visitados do planeta.
Essa efervescência cultural também tem movimentado a indústria de seguros. A exposição “Tarsila – Percurso Afetivo” e “Paris: Impressionismo e Modernidade”, em cartaz no CCBB, contaram com o seguro do Grupo BB e Mapfre.
“A procura pelo seguro de obras de arte tem uma razão: por se tratar de objetos de alto valor financeiro e patrimonial, o seguro tem sido item obrigatório no gerenciamento de coleções individuais e de museus. As coberturas existentes costumam superar as necessidades das obras, entretanto, ainda são poucas as seguradoras que operem no ramo, se considerado o potencial do Brasil em cultura”, explica Danilo Silveira, superintendente de seguros gerais do Grupo Segurador BB e Mapfre.
Além de ajudar no inventário das coleções, os seguros dão garantia de indenização em caso de algum incidente com a obra. “O valor pode contribuir para o reparo do bem ou a compra de outro similar”, argumenta Silveira.
O seguro também cobre eventos de quaisquer natureza externa e depreciação, em caso de acidente. “Hoje, o mercado brasileiro oferece as mesmas soluções que o mercado internacional, com coberturas do tipo ‘All Risks’”, ressalta o executivo.
Dos historiadores e arquitetos ao transportador – que deve ser especializado no segmento de manuseio, transporte e embalagem de obras de artes e afins – passando pelos peritos, que avaliam os riscos a que as obras podem ser expostas, todo o trabalho de gerenciamento das obras de arte é realizado por especialistas. A rede de profissionais (incluindo, ainda, restauradores, museólogos e especialistas em organização digital e física de patrimônios) e a capacidade de resseguro das obras (com possibilidade de segurar importâncias de alto valor) são alguns itens que fazem as diferença entre as seguradoras.
No caso do Grupo BB e Mapfre, contam know-how e o fato de o seu patrimônio ser compatível às importâncias seguradas.
Apesar de a modalidade de seguros para obras de arte ainda não estar madura no Brasil, mercado de arte está evoluindo e cada vez mais colecionadores privados, instituições culturais, museus e galerias buscam proteção para suas obras. “Se comparado ao mercado internacional, as taxas praticadas no Brasil ainda são pouco competitivas, mas a conscientização sobre a importância do seguro tem aumentado, uma vez que a indenização supera até 100 vezes o valor pago pelo seguro”, explica Silveira.
Este mercado é crescente e rentável também ao corretor, na opinião de Silveira. Baixa concorrência e atendimento simplificado e rápido a sinistros são alguns de seus diferenciais.
G.F.
Revista Apólice