Ultima atualização 04 de April

Zurich Improve: Juntos pela resiliência climática

Zurich Improve
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EXCLUSIVO – Na tarde de ontem (03), a Zurich reuniu executivos, representantes do governo e especialistas para conversar com seus parceiros de negócios sobre as mudanças climáticas, em evento no Palácio Tangará, visando discutir resiliência climática, soluções e mitigação de riscos frente aos fenômenos meteorológicos que crescem exponencialmente a cada ano.

“A Zurich tem a sustentabilidade como um pilar estratégico. Nosso propósito é criar um futuro melhor para todas as partes, pensando nisso, esse evento tem uma importância geral”, afirmou Laurence Maurice, CEO da Zurich LATAM. 

O encontro contou com a participação de vozes ativas na causa ambiental e temas como o papel da ciência na resiliência climática foram abordados. Dentre elas, Lincoln Alves, coordenador-geral de Resiliência à Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), destacou a urgência da temática, e ressaltou a falta de soluções e políticas para mitigar esse tipo de sinistro. 

“É indiscutível que as atividades humanas estão causando mudanças, com consequentes eventos climáticos extremos, incluindo ondas de calor, chuvas e outros. As mudanças climáticas já estão afetando todas as regiões da terra, de muitas maneiras. O Brasil já tem se tornado um laboratório empírico desses fenômenos. A mudança climática deixou de ser um agente ambiental e se tornou um agente socioeconômico. O Brasil possui 5.570 municípios, e atualmente apenas 7% deles têm alguma legislação ou gestão específica”, constatou Alves.

Os mecanismos e ferramentas para controlar e mitigar catástrofes, que se tornam cada vez mais iminentes, são um desafio para as seguradoras. Melhorar a resiliência contra riscos físicos, como secas, inundações, calor extremo e incêndios florestais significa combater estes desastres ambientais, que aumentam em frequência e severidade, como resultado das mudanças climáticas potencializadas pelo comportamento humano. 

“A principal mensagem é nossa bagagem, por isso precisamos trazê-la para a mesa. No entanto, também entendemos que precisamos evoluir, pois o passado nem sempre serve de previsão para o futuro. Ou seja, estamos usando esse conhecimento no contexto de como o mundo está mudando, refletindo sobre o que isso significa e nos adaptando a essas mudanças. Pegamos os dados do passado, mas procuramos ser mais assertivos e preditivos, considerando um mundo diferente”, disse Penny Seach, Global CUO Commercial Insurance da Zurich Insurance.  

Mesmo com o cenário global conturbado, a questão climática é tratada com urgência e prioridade mundial, mas também é preciso trazer a questão do investimento para alcançar, de novo, a prática de uma forma mais efetiva. 

“Vivemos um momento complexo, com guerras, juros altos e questões políticas que podem adiar algumas agendas. No entanto, a questão dos riscos climáticos é uma prioridade que não pode ser postergada. Em todo o mundo, empresas estão sendo pressionadas a reportar sobre questões climáticas e, ao assumir esse compromisso, ampliam a responsabilidade de suas operações e fornecedores. Essa pressão não vem apenas pela intensificação dos eventos climáticos extremos, mas também pelo impacto financeiro nos investidores. Portanto, é uma tendência importante a ser considerada”, concluiu o CEO da Way Carbon, Felipe Bittencourt.

“O grande objetivo deste evento foi trazer à mesa uma discussão ampla sobre resiliência climática, reunindo diversos atores da sociedade — setor privado, setor público, cientistas, estudiosos, acadêmicos e representantes da sociedade civil. O tema já não é mais como evitar a mudança climática. Ela já está acontecendo. Agora, a questão é: como aumentamos a resiliência? Das pessoas, das empresas, das cidades, do Estado”, afirmou o CEO da Zurich Brasil, Edson Franco.

Para ele, o risco ambiental é um dos principais fatores a serem considerados nos modelos da precificação dos riscos e as soluções não são únicas ou isoladas. O que ficou claro que há uma preocupação tanto do setor privado quanto do setor público, que já desenvolve ferramentas de modelagem e bancos de dados que podem contribuir com a precificação, subscrição e modelagem de riscos.

*Lucas Monteiro, com informações da jornalista Denise Bueno

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