Ultima atualização 13 de March

Redes sociais antes de dormir: será que faz mal?

No Brasil, 76% dos cidadãos afirmam seguir essa rotina todos os dias, de olhar as redes sociais. Pesquisas indicam que este hábito faz mal

Se existe um hábito moderno que praticamente todos adotaram nos últimos anos é o de verificar as redes sociais pouco antes de dormir. No Brasil, 76% dos cidadãos afirmam seguir essa rotina todos os dias. Mas será que esse costume representa algum risco à saúde? Pesquisas indicam que sim.

O ritual digital da hora de dormir

Navegar pelas redes sociais, assistir a vídeos e responder a mensagens poucos instantes antes de dormir se tornou uma atividade rotineira na vida de muitos brasileiros. De acordo com um estudo recente, a grande maioria das pessoas (94%) usa smartphones na cama, e quase a metade (44%) acaba passando bem mais tempo no dispositivo do que o planejado. 

O feed infinito em plataformas de rede social e a reprodução automática em serviços de vídeo contribuem para esse fenômeno. Uma vez conectados, os usuários perdem a noção do tempo e acabam dormindo mais tarde e durante menos horas. O resultado disso se mostra catastrófico para a qualidade e duração do sono.

Como as redes sociais afetam o sono?

Além da desconexão com o tempo real, que atrasa o sono, o uso de aparelhos eletrônicos na hora de dormir também age no funcionamento normal do organismo dos usuários. A principal responsável por isso, segundo pesquisas, é a luz azul emitida pelas telas, que suprime a produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação do sono. Níveis reduzidos de melatonina podem levar à dificuldade para adormecer, redução da duração e piora da qualidade geral do sono.

Somado a isso, o envolvimento com as redes sociais pode ser mentalmente estimulante, o que impede o cérebro de relaxar. Atividades interativas, como responder a mensagens ou participar de discussões online, deixam a mente do usuário em estado de alerta, perturbando a progressão natural do adormecer. 

Como alcançar o equilíbrio

Para superar esses efeitos negativos, muitos adotam medidas radicais, como excluir Instagram, WhatsApp e outras plataformas sociais. Mas os especialistas afirmam que é possível adotar uma abordagem mais moderada, com estratégias de bem-estar digital que ajudem a melhorar a qualidade do sono sem que seja necessário abrir mão do tempo de tela antes de dormir. Eles recomendam:

  • Definir um toque de recolher digital: evitar usar o smartphone pelo menos 30 minutos antes de dormir permite que o corpo relaxe naturalmente e se prepare para o descanso.
  • Usar o modo noturno ou filtros de luz azul: muitos dispositivos oferecem configurações que reduzem a exposição à luz azul, minimizando seu impacto na produção de melatonina e evitando seus efeitos negativos.
  • Buscar técnicas de relaxamento: ler um livro, praticar meditação ou ouvir música relaxante podem ser atividades alternativas mais saudáveis ​​do que navegar nas redes sociais durante a noite.
  • Definir limites de tempo de tela: muitos smartphones oferecem recursos que permitem aos usuários acompanhar e limitar seu tempo de tela, promovendo um uso mais consciente.

De modo resumido: com moderação e consciência, os usuários podem continuar a desfrutar das redes sociais e ter um sono tranquilo e restaurador à noite.

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