EXCLUSIVO – A Latú Seguros, que atua majoritariamente no setor cibernético, expande sua atuação no mercado e anuncia o lançamento do seguro de responsabilidade profissional. A iniciativa surge como uma resposta à crescente demanda por proteção contra hackers e outras fraudes digitais, o que tem ocasionado um prejuízo de milhões de reais às PMEs.
“O grande problema é que as pessoas acham que o agente causador do risco cibernético é a tecnologia, o que não é verdade. As PMEs são muito atingidas por não ter um time de segurança em sua empresa, o que é crítico, pois não existe uma cultura de proteção e mitigação de riscos entre os funcionários. Portanto, pretendemos lançar um produto de responsabilidade que atue em conjunto com o programa de seguro cibernético, algo novo no mercado”, afirma a fundadora da Latú, Paola Neira.
Outro fator que contribui para o aumento dos riscos de golpes e fraudes virtuais é a inteligência artificial e sua evolução cotidiana. A automação de ataques e a criação de conteúdos falsificados por meio de deepfakes e outras tecnologias avançadas tornam as ameaças difíceis de detectar. Esse cenário amplia a vulnerabilidade das PMEs, que muitas vezes não possuem estrutura de defesa adequada.
“ O uso das inteligência artificial, potencializa demais os riscos. Hoje os hackers conseguem obter dados por meio de ferramentas como o Chat GPT e conseguem sofisticar muito seus ataques, por meio de deepfakes, falsificação de emails e vídeos, por exemplo” , ressalta a executiva.
A insurtech, tendo essa crescente em vista, acredita que somado à escassez no mercado da América Latina e a democratização destes programas, as expectativas são de alcançar um crescimento de 20% no setor e atingir 2 bi de reais em riscos segurados, segundo Paola.
“O Brasil se encontra entre os três países que mais sofrem ataques cibernéticos e aqui não existem soluções que atendam a demanda do mercado latino. Então, o que antes era um serviço exclusivo de grandes empresas e grandes corretores, se tornará acessível às PMEs também. Com isso, como canal de crescimento e disseminação do produto pretendemos trabalhar juntamente a corretores que trabalham com outros produtos, nossa estratégia é capacitá-los a vender nosso produto, e utilizá-los como intermediários para fazer negócios com o cliente final, diante disso as expectativas para 2025 são de um crescimento importantíssimo para o setor”, conclui.
Lucas Monteiro