
“O futuro da saúde suplementar: caminhos para a sustentabilidade” foi o tema da mesa redonda mediada pela diretora executiva da FenaSaúde, Vera Valente, durante o fórum Healthcare Business. O evento, que contou com curadoria do Instituto Coalizão Saúde (ICOS), reuniu as principais lideranças do setor no Guarujá, litoral sul de São Paulo, no último fim de semana (20-2. Com o tema “Construindo o Futuro da Saúde”, o evento teve como objetivo a geração de conhecimento, relacionamento e negócios para os principais players.

Na ocasião, Vera Valente destacou a importância de uma agenda comum entre operadoras, prestadores de serviço, legisladores e reguladores para garantir uma saúde mais sustentável e acessível para mais pessoas. Participaram da mesa redonda, o chairman do UnitedHealth Group Brasil e presidente do ICOS, Claudio Lottenberg; o diretor-presidente da ANS, Leandro Fonseca, e o superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), José Cechin.
Para a diretora executiva da FenaSaúde, o sistema está sobrecarregado dos dois lados. Os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão diminuindo e a saúde suplementar vem perdendo clientes em função da queda da renda e do desemprego, o que sobrecarrega ainda mais o setor público. Soma-se a este cenário, a questão dos custos crescentes, impulsionados por fatores estruturais (demografia e tecnologia) e conjunturais, como a queda no número de beneficiários e o aumento da frequência de atendimentos.
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“Está cada vez mais claro para todos os agentes da cadeia de saúde, e mesmo fora dela, que temos uma agenda comum a executar para garantir a sustentabilidade do setor e promover mais acesso dos brasileiros à saúde. Vejo um momento de convergência inédita entre operadoras, prestadores de serviço, contratantes, legisladores e reguladores, que precisa ser aproveitado para enfrentarmos e vencermos os problemas da saúde no país”, destacou a executiva da FenaSaúde no debate.
Em sua fala, Vera Valente ainda ressaltou a urgência em realizar de mudanças para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. “É indispensável controlar os custos, combater desperdícios, rever o modelo assistencial, mudar o modelo de remuneração de prestadores e permitir a oferta de diferentes tipos de cobertura, que se adaptem às necessidades de pagamento de famílias e empresas”, alertou a diretora da FenaSaúde.