A equipe econômica do presidente Michel Temer deixou para o primeiro semestre de 2017 a abertura de capital da Caixa Seguridade. Essa deverá ser uma das primeiras operações de venda de ativos da gestão.
A avaliação é que não há mais tempo de realizar o negócio neste ano. O governo do peemedebista tinha cogitado fazê-lo em outubro, logo após o fim da interinidade e a posse definitiva. A empresa é o braço direito da Caixa na área de seguros, previdência aberta, capitalização e consórcio.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia, diz que a operação vai ajudar a conter o crescimento do deficit fiscal da União. Ela está incluída na conta dos R$ 14,5 bilhões que o governo espera que entrem no caixa do Tesouro Nacional a partir das privatizações programadas.
Guardia afirma que os recursos da venda de participações em estatais não entram no caixa do Tesouro. Eles entram em dividendos e impostos, como Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que serão pagos com a realização dessas operações de privatização.
Dos R$ 14,5 bilhões, R$ 11,8 bilhões serão gerados por pagamentos de impostos, e R$ 2,7 bilhões, de dividendos.
Outras transações
Além da Caixa Seguridade, o governo colocará à venda no ano que vem outras companhias. Entre elas a BR Distribuidora, o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), a Loteria Instantânea, a futura Loteria Eletrônica de aposta única e ações em carteira do Banco do Brasil e do BNDES.
Também é esperada a arrecadação no próximo ano R$ 23,9 bilhões com concessões ao setor privado no setor elétrico, de óleo e gás, ferrovias e aeroportos.
Fonte: Folha de S.Paulo
L.S.
Revista Apólice