Ultima atualização 18 de January

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Prejuízos devido às catástrofes naturais são alerta para legislações protecionistas

Uma coalizão de empresas de resseguros apontou que o recorde de perdas seguradas devido às catástrofes naturais que aconteceram 2011 é um sinal de alerta para países que tenham legislações protecionistas, pois essas legislações impedem que as seguradoras distribuam suas perdas por meio de resseguradoras do mundo todo. Em 2011, foram mais de US$ 105 bilhões de perdas seguradas. Desse número, 45% serão pagos pelos resseguradores globais, quase todos não localizados na jurisdição em que ocorreu o evento.
A regulação protecionista de resseguros do Brasil, por outro lado, forçaria resseguradoras domésticas a pagar esses prejuízos recordes com menos assistência do mercado internacional de resseguros.
“As resseguradoras dessas perdas geralmente não eram localizadas na jurisdição onde os eventos ocorreram. Assim, as perdas foram exportadas para o ‘estrangeiro’. O impacto disso é a velocidade de recuperação da economia afetada por um desastre, já que a perda não é suportada pela comunidade local de negócios e seguros. O valor da quota ressegurada das perdas enviada para resseguradoras não domésticas, a partir desses eventos, variou de 90 a 100%”, observou Michaela Koller, diretor-geral da CEA, a Federação Europeia de Seguros e Resseguros.
Segundo David Matcham, CEO da International Underwriting Association of London, o Brasil está exposto a perdas de más colheitas e enchentes que podem ocorrer à instalações de petróleo – causando incêndios, explosões e outras ações ocasionadas pelo homem.
“O resseguro é uma das indústrias mais globalizadas do mundo de hoje. Atualmente, o Brasil é a sétima maior economia do mundo, em grande parte como resultado de seu comércio internacional. Mas o rápido crescimento deixou a economia vulnerável a grandes perdas catastróficas semelhantes às sofridas em outras economias de rápido crescimento, como Tailândia e Chile. Acesso livre aos mercados mundiais de resseguro é essencial caso o Brasil queira proteger seus investimentos de longo prazo”, afirma Robert Hartwig, presidente e economista do Insurance Information Institute.

Crédito da foto: Nicolas Asfouri/ AFP

Gabriela Ferigato
Revista Apólice

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