Os dados que os clientes fornecem para as seguradoras no momento da contratação do seguro são muito importantes na determinação do preço e das condições do contrato de seguro. Isso ocorre no caso de um seguro residencial, por exemplo. Dependendo da localidade da casa, há risco maior de assaltos. Ocorre o mesmo com automóvel, que tem ainda a variável do perfil do condutor. Idade, sexo e comportamento são determinantes para a variação do preço da apólice.
Segundo Valéria Cunha, assistente de direção do Procon São Paulo, é importante que o segurado preencha corretamente os formulários, para não haver problema no momento do sinistro. “O problema é que a maioria das pessoas não lê o contrato no momento da contratação do seguro, só na hora que precisa dele, e assimnão sabemqual é exatamente a cobertura”, diz Cunha.
De acordo ela, o número de reclamações com relação a seguros é estável e muito pequeno em relação ao número de reclamações de outros produtos financeiros, como cartão de crédito. “Mas eles existem e são sempre osmesmos”, diz Valéria.
Ranking
O maior número de queixas são sobre o produto de garantia estendida, no que tange os itens que têm cobertura e a forma da venda. Em alguns casos, o produto é empurrado no momento da venda e o parcela da garantia é dividida junto como financiamento do produto. “Muitas vezes, o cliente não sabe de que se trata aquele acréscimo na parcela”, afirma.
Os outros problemas são com relação às cláusulas de exclusão do contratos. Mas, neste caso, o consumidor tem parte na culpa, por não ler a apólice, segundo Valéria. “O Código de Defesa do Consumidor determina que as claúsulas que restringem o direito do consumidor estejam em destaque, em negrito ou sublinhado, para que fique claro para o cliente a que ele tem direito”, diz a técnica do Procon-SP. O órgão registrou 4.151 atendimentos sobre seguros nos últimos 12 meses.Não é possível comparar o número com o de 2008, pois a forma de compilar os dados mudou nesse intervalo.
Brasil Econômico
