Ultima atualização 03 de March

powered By

Indenizações no Chile devem somar até US$ 8 bi

Grandes desastres naturais, como o que ocorreu no Chile no último sábado, desencadeiam uma corrida a seguradoras em buscas de indenizações. Só no ano passado, catástrofes naturais e desastres causados pelo homem deixaram um saldo de US$ 52 bilhões em prejuízos, dos quais US$ 24 bilhões estavam segurados – sendo US$ 21 bilhões de dólares de danos por catástrofes naturais e US$ 3 bilhões de prejuízos por desastres causados pelo homem -, de acordo com dados da Swiss Re.
No Chile, o que se tem ainda são estimativas. A Eqecat, empresa americana especializada em catástrofes naturais, calcula perdas econômicas entre US$ 15 bilhões e US$ 30 bilhões, o que equivale a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. As indenizações pagas pelas seguradoras devem ficar entre US$ 3 bilhões e US$ 8 bilhões, ainda segundo a Eqecat. Já a sua concorrente Air Worldwide estima que o prejuízo para as seguradoras seja de US$ 2 bilhões. A seguradora britânica RSA, que tem grande exposição no Chile, informou em nota que os sinistros devem custar 30 milhões de libras esterlinas, o equivalente a US$ 45 milhões.
“Essas catástrofes naturais sempre envolvem resseguros, em geral pela grande quantidade segurados em um mesmo evento”, explica Hyung Mo Sung, vice-presidente da Mitsui Sumitomo no Brasil. A Mitsui é uma das maiores seguradoras no Japão, onde a incidência de terremotos é grande.
“É diferente de um incêndio, em que o evento é localizado.” Segundo ele, o maior volume de indenizações é para ressarcir danos patrimoniais.
No Chile, mais de 1,5 milhão de casas foram danificadas, fora estradas e pontes que vieram abaixo. De acordo com a RMS, outra empresa especializada em danos por catástrofes, 90% das apólices no Chile têm cobertura para terremoto.
Cobertura cara Sung explica que coberturas para eventos como terremoto, furacão e inundação são contratadas de acordo com o histórico da localidade para esses eventos. “Em países mais desenvolvidos, como o Japão, as seguradoras já conseguem mapear a incidência de terremotos por CEP.” Com informações estatísticas em mãos, elas conseguem precificar o risco desses eventos, completa Reinaldo Antunes, responsável por grandes riscos da Mitsui.
A cobertura para terremotos é cara, por conta da imprevisibilidade dos eventos, afirma Marcelo Elias, diretor de infra estrutura para o Brasil e América Latina da corretora Marsh. “Mas, em regiões que têm histórico e alta incidência de terremotos, como o Chile, e furacões, como o Caribe, a colocação do risco no mercado segurador é difícil, sendo o preço algumas vezes proibitivo”, conta.
No caso do setor produtivo, as apólices das empresas também preveem cobertura para lucro cessante – quando um evento externo causa a paralisação das atividades de uma empresa. “Nesse caso, as seguradoras garantem a perda bruta segurável”, explica. Segundo Elias, o programa de seguros de grandes empresas costumam ser globais, com coberturas adicionais dependendo das características naturais do país.

Thais Folego
Brasil Econômico

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

 
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.