Com a aceleração da vacinação no Brasil, onde mais de 122 milhões de doses foram aplicadas entre primeira, segunda e a dose única, a população está voltando a viajar. Segundo pesquisa feita pela Booking.com, para 63% dos brasileiros, viajar é mais importante agora do que era antes da Covid-19.
De qualquer forma, não basta querer, precisará se adaptar às novas regras de viagem, principalmente quando falarmos de viagens para o exterior. Atualmente temos 104 países para onde o brasileiro pode viajar, e uma tendência que tem se fortalecido nas regras de cada um deles é de que quando ainda não se está vacinado com duas doses, precisa cumprir isolamento de 14 dias – o que pode tornar a viagem longa, e, muitas vezes, inviável.
Na França, por exemplo, em caso de imunização completa, não é necessário o isolamento. E, por enquanto, as vacinas aceitas pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos) são Pfizer, Moderna, Astrazeneca e Johnson & Johnson. A CoronaVac está em fase final de análise e, embora aprovada pela organização mundial de saúde, ainda não está aprovada pela EMA. Para os Estados Unidos, por enquanto, independentemente da imunização, é necessário cumprir 14 dias em um dos países aprovados pelos EUA para poder embarcar. A grande maioria dos países tem solicitado o teste PCR, comprovando que a pessoa não está contaminada para poder entrar no país.
Segundo a mesma pesquisa da Booking.com, 70% dos brasileiros aceitariam comprovar que foram vacinados. Embora seja um número alto, acho que não ficou claro para o brasileiro que isto não é opcional. Dos entrevistados, 77% aceitam usar máscara (neste caso a rigidez não é apenas para o exterior, não é possível viajar sem máscara em nenhum voo, mesmo que seja doméstico), e 20% querem usar os vouchers de viagens canceladas ao invés de aceitar um reembolso.
Falando em reembolso, é importante lembrar que esta é uma cobertura corriqueira nos seguros viagem, pois dependendo do tipo de reserva que for feita, a viagem pode ser não reembolsável.
Vários países colocaram em sua lista de exigências, a contratação de um seguro viagem que cubra Covid-19, para não terem a responsabilidade financeira de cuidar da saúde deste turista.
As coberturas que o seguro viagem pode oferecer são: assistência médica (presencial e online), traslado de corpo (em caso de falecimento fora do país de residência, transporte para o país onde a família gostaria que o corpo fosse velado), prorrogação de estadia (caso a pessoa se contamine na viagem por exemplo, perca o voo e deva permanecer mais tempo no país), traslado médico (transporte aéreo ou terrestre para o hospital mais adequado), atraso ou perda de bagagem, assistência legal por responsabilidade em um acidente, retorno de viagem antecipada, assistência em caso de roubo, furto ou extravio de documentos, traslado de um familiar, retorno antecipado por sinistro grave na residência, hospedagem de acompanhante, retorno de acompanhante, seguro Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente em Viagem, despesas com medicamentos, atraso de embarque, cancelamento de viagem, despesas com fiança e despesas legais em viagem, hospedagem de acompanhante, despesas odontológicas, morte acidental.
Como podemos ver, é tanta coisa que pode acontecer que mesmo que não fosse obrigatório contratar o seguro viagem é um seguro que tranquiliza qualquer turista. Passar mal ao comer algo que não estamos acostumados, nos envolvermos em um acidente em um país que não conhecemos a legislação, extravio de malas, são coisas que podem acabar com a viagem se não estivermos preparados para o imprevisto.
Por isso, é importante ter um corretor de seguros que te oriente apropriadamente quanto às coberturas, pois contratar um produto inadequado pode gerar o mesmo resultado que não contratar nenhum seguro.
* Por Ale Boiani, CEO, fundadora e sócia do 360iGroup