As inconsistências contábeis das Lojas Americanas, divulgadas pela mídia desde quarta-feira (11), estimadas em R$ 20 bilhões, reacenderam o debate sobre como proteger a empresa desse tipo de risco e blindar o patrimônio pessoal da diretoria.
Contra o possível ajuizamento de ações de responsabilidade civil em face de diretores e administradores, que podem, ao final, atingir o patrimônio pessoal desses executivos, existe o seguro D&O (Directors & Officers), que cobre despesas com defesas, acordos, indenizações e até multas devidas pelos executivos, em razão de possíveis prejuízos financeiros, relacionados aos atos de gestão, causados a terceiros (acionistas, fornecedores etc.).
“Buscando mitigar os efeitos adversos de uma notícia negativa na reputação do executivo, o seguro D&O também oferece suporte especializado, assegurando que os custos com relações públicas ajudem a proteger sua imagem pessoal”, pontua a gerente de linhas financeiras da Vokan Seguros, Tatiana Macedo.
Hipoteticamente, uma apólice que poderia ser acionada é de Responsabilidade Civil Profissional (E&O – Errors & Omissions) para cobrir custos de defesa e de indenizações devidas a terceiros, decorrentes de eventuais falhas na prestação de serviços profissionais, considerando que a área contábil da companhia e a auditoria independente contratada não apontaram nenhum problema nos balanços da Americanas, conforme noticiado.
“Como os fatos divulgados são recentes e pendentes de desdobramentos, ainda é cedo para aprofundarmos essa análise, mas não é demais lembrar que a contratação dos seguros de linhas financeiras acima explicitados é fundamental para garantir a proteção financeira de empresas e de seus administradores”, afirma o diretor técnico e comercial da Vokan Seguros, Guilherme Krupelis.
K.L.
Revista Apólice