Ultima atualização 11 de março

Aon divulga relatório anual de risco político

O Brasil está classificado como de “médio” risco político no mapa, mas especialistas fazem ressalvas sobre momento econômico do País

xadrez

Em 2015, alguns países viram boas reduções de seus riscos políticos para 2016, de acordo com os resultados do Mapa Anual de Risco Político, desenvolvido pela Aon. O relatório analisa 168 mercados emergentes e mostra que, apesar do aumento dos riscos econômicos, causados pela baixa no preço de commodities, reformas políticas e econômicas ajudaram muitos mercados emergentes  a reduzir os riscos políticos, de acordo com Karl Hennessy, presidente da Aon Broking e CEO da Aon Global Broking Centre em Londres. “Contudo, a fraqueza na economia global pode causar aumentos significantivos nos riscos políticos dentro dos países e efeitos colaterais em outros estados”, comentou o executivo no comunicado.

Para a Aon, a duradoura recessão no Brasil é um risco que se sobressai, especialmente porque será a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. O País está classificado, hoje, como de “médio” risco no mapa. “No longo prazo, o ambiente de negócios está sendo enfraquecido pelo desempenho econômico ruim, e isso pode se tornar um problema cada vez maior para as empresas que operam no Brasil”, apontou Paul Domjan, diretor executivo da Roubini Global Economics, empresa que auxiliou a corretora a realizar a pesquisa. O especialista acrescenta ainda que “os mecanismos que poderiam amortecer a crise do Brasil estão se desgastando, e o potencial enraizamento da corrupção está trazendo danos com efeitos colaterais significativos, como casos que demandam trabalho pelas vias jurídicas e legais”, destacou.

Ao redor do mundo

O impacto dos preços de petróleo nos países que dependem dele economicamente, como Iraque, Rússia e Venezuela, é o maior risco para os investidores dos mercados emergentes em 2016, de acordo com o mapa.

Já outros mercados, como a China, por exemplo, viu seu nível de risco ir de “médio-alto” para “médio”. Segundo a corretora, as medidas anticorrupção contribuíram para essa melhora no país. Mesmo assim, ainda há incertezas sobre a implantação dessas medidas, e os riscos permanecem “particularmente em torno da construção de uma maior alavancagem no sistema bancário chinês”, conforme o relatório.

O reequilíbrio e desaceleração da segunda maior economia do mundo, deverá apresentar desafios para o vizinhos da China e seus principais parceiros comerciais, que podem experimentar maiores riscos políticos e econômicos de acordo com as mudanças no ritmo e composição do crescimento.

De acordo com o mapa, oito países – China, Etiópia, Haiti, Irã, Jamaica, Nepal, Paquistão e Servia – viram seus riscos serem reduzidos durante o ano passado, enquanto quatro outros – Cabo Verde, Micronésia, Filipinas e Suriname – viram esses mesmos riscos piorarem.

O afrouxamento das sanções internacionais contra o Irã levou a uma redução em sua classificação de riscos políticos de “muito alto” para “alto”. “A reintrodução do Irã no mercado global irá aumentar o fornecimento de petróleo, e eventualmente o de gás, conforme o aumento de acesso a mercados estrangeiros, incluído a Europa”, comentou Rachel Ziemba, diretora executiva de pesquisa da Roubini Global Economics. “O Irã tem uma economia mais diversificada do que muitos outros países do Oriente Médio e da África e tem se esforçado mais para conseguir ajustar preços mais baixos de petróleo”, completou.

A.C.
Revista Apólice

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