Ultima atualização 10 de novembro

Seguradoras devem ter custo de US$ 70 mi por acidente de Samarco em MG

Apólice total para cobertura de danos materiais e para perda de receita causados pelo acidente à companhia é de cerca de US$ 60 mi, segundo fonte
Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil

 

Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz, Agência Brasil

As seguradoras contratadas pela Samarco Mineração podem enfrentar perdas de cerca de 70 milhões de dólares por prejuízos decorrentes do rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração na cidade de Mariana (MG), na semana passada, disse uma fonte a par do assunto

A apólice total para cobertura de danos materiais e para perda de receita causados pelo acidente à companhia, uma joint venture da Vale e da australiana BHP Billiton, é de cerca de 600 milhões de dólares, disse a fonte que pediu anonimato, porque o assunto é sigiloso. Mais cedo, uma outra fonte afirmou à Reuters que o valor da apólice era bem superior a 1 bilhão de reais.

A diferença entre o valor total da apólice e o que deve efetivamente ser pago se deve às proteções contidas na apólice para cada tipo de sinistro.

A Samarco deverá pagar uma franquia de 500 mil dólares.

A apólice para danos foi contratada inicialmente à Bradesco Seguros, mas repassada no começo deste ano à norte-americana ACE, que tem cerca de 80 por cento do contrato para cobertura de danos materiais. A seguradora canadense Fairfax confirmou que tem uma participação pequena na apólice.

A mesma apólice tem uma cobertura para lucros cessantes, mas esta está sob liderança da Mapfre.

A Samarco tem capacidade de produzir 30 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro ao ano, o que corresponde a cerca de 2 por cento do mercado global, segundo analistas.

Nesta tarde, o governo de Minas Gerais embargou todas atividades da mineradora Samarco na região do acidente, que deixou 25 desaparecidos e 601 desabrigados até o momento.

Uma segunda apólice, a de responsabilidade civil, de cerca de 70 milhões de dólares, foi contratada com a Allianz.

Os contratos foram intermediados pela corretora Willis.

A ACE é a seguradora que comprou a carteira de grandes riscos do Itaú Unibanco por 1,515 bilhão de reais, operação anunciada em 2014.

Consultada, a ACE afirmou que “não faz comentários sobre catástrofes individuais ou perdas específicas”.

A Allianz disse que não comentaria o assunto.

A Samarco afirmou em nota que seu foco agora é o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente.

A empresa confirmou a paralisação das operações na unidade de Germano (MG). Na Unidade de Ubu, em Anchieta (ES), as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques.

Um porta-voz da Mapfre não foi encontrado para comentar.

Fonte: Aluísio Alves e Tatiana Bautzer, Reuters Brasil

L.S.
Revista Apólice

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