O Lloyd’s of London apresentou lucro de £ 2.195 bilhões no exercício de 2010, inferior ao montante de £ 3.868 bilhões obtido no ano imediatamente anterior. De acordo com o comunicado do Grupo, esse declínio é resultado reflete o aumento no pedido de indenizações por eventos catastróficos, principalmente o terremoto do Chile em fevereiro de 2010 e na Nova Zelândia e a explosão da plataforma de petróleo no Golfo do México, além do atual ambiente de juros baixos. “Esses eventos são um lembrete de que o mercado deve permanecer vigilante. Uma grande parte do desafio do Lloyd’s é que preparar o setor para o inesperado”, informa o Chairman do Lloyd’s, Lord Levene.
Segundo ele, 2011 já está sendo um ano delicado por conta dos eventos no Oriente Médio e no Norte da Áfria somados às inundações devastadoras na Austrália e na Nova Zelândia e ao terremoto e tsunami que atingiu o Nordeste do Japão. “Ainda é muito cedo para prever com exatidão a perda financeira deste desastre, mas nada comparado ao custo humano desta tragédia”, raciocina Levene.
A receita bruta de prêmios do Lloyd’s permaneceu estável em £ 22.592 bilhões no ano passado, maior que os 21.973 bilhões registrados em 2009. Já o índice combinado médio das operações do Lloyd’s atingiu os 93%. O destaque negativo ficou para o ramo de automóvel, com 151%, enquanto o positivo foi registrado por aviação, com 75%.
Para Levene, os principais desafios para a indústria de seguros e resseguros em 2011 são preço baixo e rentabilidade. “A questão crítica para o mercado é se distanciar de negócios com taxas que não são sustentáveis”, finaliza o Chairman do Lloyd’s.
Aline Bronzati
Revista Apólice
Fonte Gráfico: Lloyd’s
