Ultima atualização 10 de dezembro

Receita sobe acima de 15%

O mercado de seguros brasileiro manteve-se firme em outubro na sua trajetória de crescimento iniciada no começo do ano, como mostram os dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem os números sobre o ramo saúde, de alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No mês, a receita de R$ 7,509 bilhões subiu 14,4% sobre outubro de 2009. Em 12 meses, a expansão ficou acima de 17%, com prêmios de R$ 86,427 bilhões.
No acumulado do ano, as estatísticas da Susep indicam que a atividade de seguros, com faturamento de R$ 71,1 bilhões, cresceu 15,8% sobre janeiro a outubro de 2009, evolução que foi bem superior à dos sinistros. No período, as seguradoras pagaram indenizações de R$ 18,892 bilhões, 8,4% acima dos R$ 17,430 bilhões desembolsados até outubro do ano passado. Na área administrativa, as empresas de seguros consumiram R$ 6,497 bilhões, alta de 8,8%, enquanto os gastos comerciais, que incluem basicamente a comissão de corretagem, evoluíram expressivos 20,3%, para R$ 8,543 bilhões. O desempenho de tais indicadores possibilitou que o índice combinado (receita versus despesas) recuasse de 94% para 89% (quanto mais longe de 100%, melhor é o resultado operacional das seguradoras).
Os planos de vida com geração de benefício livre (VGBLs), que subiram 20,5%, para R$ 27,571 bilhões, continuam influindo na expansão do mercado, no qual respondem por 38,8% do faturamento total. Sem o produto, a atividade teria crescido 13,1% no acumulado até outubro, ainda assim uma alta expressiva.
Um dos ramos que concorreram para esse avanço de 13,1% foi o de automóvel, aliado à cobertura de responsabilidade civil facultativa, cujo incremento foi de 14,3%, com receita de R$ 15,881 bilhões. O segmento de pessoas foi outro que deu a sua contribuição ao subir 13,8%, para R$ 12,834 bilhões. Não menos importante foi o comportamento do grupamento de seguros patrimoniais, com vendas 18,2% maiores, atingindo R$ 6,344 bilhões.

Avanços
Entres as carteiras que mais cresceram de janeiro a outubro, sobre igual período de 2009, estão os chamados seguros massificados, que de alguma forma estão ligados ao consumo e cuja trajetória tem sido favorecida pelo aumento do emprego e da renda e pela expansão do crédito. Nessa linha, destaca-se o produto que cobre pessoas em viagens, internacionais e nacionais, que subiu 131,8%, para R$ 28,9 milhões. O seguro que amplia a garantia do fabricante, particularmente de equipamentos eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, registrou expansão de 76,5%, ao ultrapassar prêmios de R$ 1,7 bilhão.
Outro avanço considerável até outubro foi o da apólice de vida individual: 38,1%, para R$ 914,8 milhões, enquanto a de acidentes pessoais coletivo, impulsionada pelas classes C e D, aumentou 19%, com prêmios de R$ 2,079 bilhões. Destinado a quitar o saldo devedor de empréstimos em caso de morte, invalidez e até desemprego do tomador, o seguro prestamista teve alta de 21,8%, para R$ 2,737 bilhões.
O mesmo índice de expansão do ramo prestamista foi observado no seguro residencial, cuja captação foi de R$ 1,016 bilhão. Por sua vez, o incremento do seguro habitacional, contratado na compra da casa própria, foi de 20,8%, com receita de R$ 897 milhões. A carteira de responsabilidade civil profissional, que foca o trabalhador sem vínculo empregatício, também obteve bom desempenho, ao montar R$ 69,8 milhões, alta de 28,4%.

Recuos
Algumas carteiras de seguros, contudo, não têm acompanhado a trajetória ascendente do mercado, apontando quedas nas vendas ou crescimento bem abaixo da média setorial contabilizada em outubro. Exemplo desse processo, com redução de 8,8% e receita de R$ 564,6 milhões, é o seguro de garantia contratual, tido como de grande potencial devido às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016.
Recuo ainda mais acentuado, de 20,2% e faturamento de R$ 383,9 milhões até outubro, é observado no seguro de riscos de engenharia, que também está associado às obras de infraestrutura, tal como seguro-garantia. Já seguro rural, que tem parte do prêmio subvencionado pelo governo, retrocedeu 5,2%, para R$ 778,7 milhões. Situação um pouco melhor é verificada no seguro de importação e exportação de mercadorias, que cresceu 9,7%, enquanto o de transporte nacional subiu 12,8%, ainda assim abaixo do crescimento médio do mercado.

Jornal do Commercio-RJ

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