Ultima atualização 18 de março

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Itaú, Mapfre e Allianz vencem disputa por seguro da Petrobras

O consórcio formado por Itaú, Mapfre e Allianz fez a melhor proposta na licitação da Petrobras para a escolha da seguradora que vai cuidar de todos os ativos da petroleira, com valor em risco de US$ 80 bilhões a US$ 90 bilhões, segundo três fontes ligadas à negociação. Entre os ativos segurados estão plataformas marítimas, refinarias, transporte de petróleo e qualquer eventual dano causado a terceiros pelas operações da Petrobras.
Na última terça-feira, no Rio de Janeiro, foi feita a abertura das propostas da licitação internacional. A proposta do consórcio será agora analisada pela diretoria da estatal, que também vai olhar a documentação apresentada, colocação do risco no mercado internacional e as franquias da apólice. Fonte próxima à estatal confirmou que o consórcio fez a melhor proposta.
Como há anos não ocorria, a Petrobras permitiu desta vez a formação de consórcios de seguradoras para participarem da licitação, na forma de co-seguro (em que uma seguradora divide o risco com outra). Por isso, Itaú, Mapfre e Allianz participaram em conjunto e cada uma fica com parte do risco do contrato, que agora será colocado no mercado de resseguro – espécie de seguro do seguro, essencial para diluir riscos em grandes contratos.
Segundo uma fonte próxima, o co-seguro foi permitido para diluir os riscos entre os participantes, por causa da abertura do mercado de resseguro brasileiro ao setor externo em 2009. Até o ano passado, o IRB-Brasil Re assumia todo o risco.
Segundo fontes que acompanharam de perto a licitação, o Bradesco desistiu de participar do contrato, apenas acompanhou o processo. A SulAmérica fez oferta para o seguro dos transportes da petroleira, mas o preço saiu acima da proposta do Itaú. A seguradora americana Ace também fez proposta de preço superior ao dos concorrentes. Já a suíça Zurich, convidada pela petroleira a participar do contrato, não enviou proposta.
O seguro da Petrobras envolve três licitações. A maior cobre todos os ativos, como as plataformas (offshore) e refinarias (on-shore). A segunda licitação é um seguro feito para a movimentação de carga da BR Distribuidora nos aeroportos. A terceira cobre importações e exportações e todos os transportes de carga da estatal. O consórcio vencedor levou os três contratos.
A apólice da petroleira estava com o Itaú, que venceu sozinho o contrato em 2008. Naquele ano, a seguradora do banco venceu a licitação com um preço e depois teve dificuldades para colocar o contrato no mercado de resseguros por causa da crise.

DCI – Comércio, Indústria e Serviços/SP

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