O público de saia e salto alto ganha a cada dia mais atenção do mercado de seguros. Elas já representam quase 50% do leque de clientes das companhias seguradoras, que tentam criar soluções personalizadas para cativá-las. Isso porque as mulheres já têm influência em 80% de tudo o que é decidido numa família, principalmente, em áreas que até então não aceitavam a opinião delas, como por exemplo, o seguro. Embora este público não seja adepto a jargões e linguagem técnica, a familiaridade dele com o mercado securitário cresceu bastante nos últimos anos. “Elas estão muito bem esclarecidas quando o assunto é seguro. Não notamos nem dificuldades quanto aos termos técnicos e os corretores estão antenados a este público”, corrobora Elizandra Moraes, gerente de Produto de Automóvel da Chubb Seguros.
Na carteira de seguro de vida, a participação delas cresceu bastante nos últimos 15 anos. O estudo “Target Group Index”, do Ibope, mostra que dos 64 milhões entrevistados que têm seguro de vida, 42% são do sexo feminino. “A sensibilidade deste público para a aquisição do seguro de vida é bem maior que a do sexo oposto, pois este é um produto que tem um apelo familiar mais forte”, avalia Adriano Gonçalves, diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência.
Na SulAmérica, por exemplo, nos últimos 3 anos, 35% dos seguros de vida foram vendidos para mulheres. Já na carteira de auto, esta proporção é de 44%. A previdência privada é outro produto que tem atraído a atenção deste público. Conforme estudo do Ibope, o índice dos entrevistados que contam com previdência privada e são mulheres é de 47%.
No entanto, para conquistar este público é preciso entendê-lo. O primeiro passo é obter a confiança dele e conhecer melhor as características da mulher moderna. Ela não é só cor de rosa, é objetiva, bem informada e procura produtos e serviços iguais ao do público masculino, mas que levem em conta as suas necessidades “femininas”.
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