
O presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, apresentou os números do mercado de seguros brasileiro aos jornalistas nesta quarta-feira, 11 de dezembro. Até o mês de outubro, o setor aumentou em 14,3% a sua arrecadação. Em seguros gerais, o grupo que mais se desenvolveu foi o de rural (que engloba agrícola, penhor rural e equipamentos), com 53,3%. O setor de vida e previdência foi impulsionado pelo auxílio funeral, que arrecadou 77,7% a mais até outubro de 2013 em relação ao mesmo período do ano passado. A capitalização crescer 25,7% e a saúde suplementar 11,2%, ambas até o mês de outubro.
Rossi destacou que as seguradoras tem realizado um trabalho intenso no sentido de tornar a comunicação de seus produtos mais fácil para o consumidor. “O objetivo do setor é a criação de novos produtos, com fácil entendimento para o consumidor”.
A região que mais se desenvolveu em termos de arrecadação de seguros foi o Centro-Oeste, com 18,5%, seguido pelo Sul, 18,2%, Nordeste, 14,3%, Sudeste, 13% e Norte, 12%. O brasileiro consome R$ 719 per capita, em média.
O presidente da CNseg contou que o crescimento do Nordeste foi bastante significativo na área de saúde e que a arrecadação de seguros per capita no Sudeste foi de R$ 1.117,00.
Paulo Marraccini, presidente da Fenseg, disse que a Federação trabalha no sentido de ampliar a penetração do mercado, atingindo um número cada vez maior de pessoas. “Temos 11 comissões técnicas que desenvolveram trabalhos excepcionais, como o de garantia estendida”, comemorou. Nesta área, a Fenseg atua em parceria com os órgãos de Direito do Consumidor para colocar em prática as novas regulamentações estabelecidas pela Susep. “Em janeiro serão apresentadas as ações para aumentar a transparência na comercialização deste produto”, adiantou Marraccini.
O setor de previdência privada experimentou uma queda acentuada em sua arrecadação nos meses de junho a agosto por conta do impacto das taxas de juros e de aplicações em renda variável. “Mesmo assim, houve uma recuperação e o mercado ainda experimentará crescimento na faixa dos 10%”, explicou Osvaldo Nascimento, presidente da Fenaprevi. A expectativa de crescer 15% em 2014 considera um cenário econômico otimista, seguindo a trilha de 2013. “A volatilidade continua acompanhando o mercado. 2014 é uma ano de transição política, de retomada de crescimento dos EUA e Europa. O desafio da previdência é a difusão da educação financeira e o aprendizado de convívio com a volatilidade”, sentenciou Nascimento.
A capitalização é importante como alavancadora de poupança interna do país e, assim que a experiência multicanais se consolidar, pode ser aumentar os resultados positivos para todos os players do setor, acredita Marcos Barros, presidente da Fenacap.
O diretor executivo da Fenasaúde, José Cechin, disse que o plano de saúde ainda faz parte da lista de desejos do brasileiro. “Este é um setor muito sensível à taxa de emprego e à renda. Nos últimos onze anos o desemprego caiu e a melhoria de renda foi clara em todos os setores. Tivemos um pequeno aumento em termos de números de beneficiários, mas a arrecadação subiu 11,2%”.
Sobre o potencial de crescimento de alguns produtos específicos, o presidente da CNseg afirmou que o seguro residencial tem um caminho muito longo pela frente. “Estima-se que apenas 7% dos lares brasileiros tenham seguro. O seu crescimento é um processo evolutivo e de adaptação do mercado. O seguro residencial é um produto que pode ser acessado facilmente por canais alternativos de vendas, o que aumenta as expectativas em torno do seu desenvolvimento.
Kelly Lubiato
Revista Apólice