Os impactos provocados pelo avanço da tecnologia nos mercados, traduzidos em novos comportamentos e dinâmicas socioeconômicas, são essenciais para se compreender o que acontece no mundo dos negócios. Um ponto crucial é a velocidade com a qual certos movimentos passam de tendências a práticas consolidadas, revolucionando setores. Quando se trata da indústria bancária brasileira, o País conta com um ecossistema robusto, maduro e de ampla envergadura, que se posiciona sempre conectado às novas tendências nos mais diversos campos.
A indústria bancária brasileira não está, aliás, na vanguarda mundial da tecnologia por acaso. A competência reconhecida da gestão, a maturidade do mercado e das regulamentações, o uso das melhores práticas internacionais – com a presença dos bancos brasileiros, inclusive, como benchmarking para o mundo todo – e a postura empreendedora das lideranças os colocam na dianteira das inovações do setor.
A 24ª Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária mostra as transformações no setor e em como elas têm se consolidado no Brasil. Os resultados retratam a evolução do volume de transações pelos canais de atendimento e como cada um deles tem se reconfigurado. Trazem ainda como a tecnologia afeta a ampliação e a capilaridade do acesso a serviços bancários e quais os volumes destinados a investimentos e despesas para a aquisição, manutenção e desenvolvimento da tecnologia da informação dentro dos bancos.
Nesta edição, o levantamento foi realizado pela primeira vez pela Deloitte. Os 17 bancos que responderam aos
questionários do estudo representam 93% dos ativos da indústria no País. Também foram consultados profissionais dos bancos.
Entre os destaques está o crescimento de mais de 100 vezes no número de transações feitas por Mobile Banking desde 2011, para 11,2 bilhões em 2015 – número 138% maior do que o de 2014 –, forte indicativo de que os esforços em promover a digitalização e a mobilidade como frentes importantes da estratégia de diversificação de canais alcança grandes resultados.
O relatório mostra também que, apesar do avanço dos canais digitais, as frentes físicas e tradicionais de relacionamento, como agências e correspondentes, mantêm-se relevantes no atendimento ao consumidor. O levantamento revela ainda que os investimentos das instituições bancárias em tecnologia em 2015 no Brasil foram de R$ 19 bilhões.
Confira aqui a pesquisa na íntegra.
L.S.
Revista Apólice