5º Encontro de Resseguro – O Brasil vive momentos complexos em seu cenário político e econômico desde 2015. Mesmo assim, o setor de seguros e resseguros mostrou-se resiliente, avançando com um cenário em que o capital passa a ter custo intrínseco e com aversão ao risco. “É neste momento que o setor pode contribuir para a proteção de uma legião de brasileiros que conquistou bens e avanços sociais no passado recente”, afirmou Marcio Coriolano, presidente da CNseg.
Para uma plateia de cerca de 500 pessoas, o executivo afirmou que há vários setores que apresentam condições para avançar guiados pelo resseguro, como o seguro de garantia e o saúde, por exemplo. “As oportunidades para o setor crescerão, porque a severidade está aumentando, o que pode minimizado com a ajuda do resseguro. Produto, emprego e renda é o combustível do setor de seguros e resseguros”, enfatizou Coriolano. Mesmo com a crise política e financeira, as pessoas que tiverem oportunidade continuarão consumindo os produtos do mercado. Para ele, é hora de ter criatividade.
Com crescimento de cerca de 30% em prêmios em 2015, o setor de resseguro é considerado a locomotiva do mercado, pelo seu poder de aumentar a capacidade financeira das seguradoras. Além disso, outra função do setor é criar produtos que atendam as necessidades dos clientes e não apenas os interesses econômicos das empresas. “Neste caso, o lucro vem como consequência da distribuição de produtos que cubram o que o cliente precisa”, ressaltou Roberto Westenberger, superintendente da Susep.
“Se pensarmos macroeconomicamente na indústria do seguro, se olharmos atentamente, veremos que a participação desta indústria na economia ainda está aquém da países sulamericanos como o Chile”, animou-se Westenberger durante a coletiva para a imprensa. Para ele, há um crescimento represado desde a abertura do mercado de resseguros, principalmente em relação à criação de novos produtos nas áreas de garantia, longevidade e saúde, por exemplo. Depois da abertura, as resseguradoras perderam a comodidade de ter condições e comissões uniformes. “A palavra de ordem agora é competição”, sentenciou o superintendente.
Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro
Revista Apólice