
Tércio Egon Paulo Kasten, atual vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), foi eleito para ficar à frente da entidade no próximo triênio (2016 a 2018). A eleição ocorreu na última quinta-feira (1).
O executivo, que também é presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (FEHOESC), afirma que a CNS permanecerá com sua postura em defesa do setor, mantendo seu relacionamento com todas as instituições, garantindo a representação constitucional da saúde.
Kasten avalia que a mobilização do setor é fundamental para que se possa avançar em questões como a redução da carga tributária. Ele aponta que a revisão da tributação que incide sobre os serviços de saúde deve ser uma prioridade para que a iniciativa privada possa ampliar investimentos e tornar compatível a oferta de serviços com o crescimento da demanda.
“A saúde responde por cerca de 10% do PIB brasileiro, um número que por si só já aponta como o setor vem crescendo e assumindo cada vez mais um importante papel na economia do País. Entretanto, para que este cenário não se altere, é importante que o segmento permaneça unido para alcançar conquistas ainda mais significativas”, defende o presidente eleito.
Outra prioridade da gestão será trabalhar em prol do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Saúde Suplementar. Kasten observa que tanto a saúde pública quanto a privada desempenham um importante papel no sistema de saúde brasileiro. Para ele, estimular parcerias público-privadas é um caminho a ser seguido para que o País possa atender o crescimento da demanda por serviços de saúde.
“O sistema de saúde brasileiro constitui-se em uma complexa engrenagem composta pelo governo, prestadores e operadoras de serviço, que necessitam existir harmonicamente. Portanto, devemos continuar perseverando em uma relação equilibrada e a cada dia mais construtiva, em prol de uma assistência de qualidade, humanizada e segura”.
A ampliação da infraestrutura médico-hospitalar é outro desafio apontado pelo presidente. Ele cita, por exemplo, a falta de leitos, que atualmente está em 2,4 leitos por mil habitantes, taxa inferior à do padrão estabelecido pela Organização Mundial da Saúde, que vai de três a cinco. Além disso, a concentração de oferta em certas regiões faz com muitas localidades sofram mais com a escassez de leitos.
L.S.
Revista Apólice