Um levantamento divulgado ontem (7) pela Munich Re aponta que as catástrofes naturais registradas ao longo de 2014 tiveram menos mortes e danos materiais que nas últimas três décadas.
Segundo o documento, publicado anualmente pela resseguradora, as catástrofes ocorridas no período somaram 7.700 mortes, sendo as inundações na Índia e no Paquistão, em setembro, os eventos que registraram mais vítimas (665 pessoas). Porém, o número é inferior ao registrado em 2013, quando a quantidade de óbitos chegou a 21 mil; e se situa no nível de 1984.
Os custos acumulados pelos eventos catastróficos de 2014 atingiram a marca de US$ 110 bilhões, o equivalente a 93 bilhões de euros. O valor é menor do que o registrado em 2013 (US$ 140 bilhões). Dentre os acontecimentos, o mais caro e destrutivo foi o ciclone Hudhud, na Índia (US$ 7 bilhões).
Ainda de acordo com o levantamento, do valor total em danos constatados no período, somente US$ 31 bilhões (26 bilhões de euros) estavam assegurados. A catástrofe natural mais cara (uma tempestade no Japão acompanhada por nevascas) teve um custo para as companhias de seguros de US$ 3,1 bilhões.
Para Torsten Jeworrek, membro da direção da Munich Re, a queda no número de óbitos e danos nestas situações foi reflexo das medidas preventivas adotadas pelas autoridades. No entanto, o executivo alerta que os dados “não permitem criar a ilusão de segurança” e “que não há razão para esperar uma evolução similar em 2015”.
L.S.
Revista Apólice