Com grande potencial de expansão, o seguro rural ainda esbarra em questões como falta de informação e de interesse, que contribuem para limitar o seu crescimento. Sem esse tipo de proteção, a maior parte da produção agrícola brasileira está sujeita a perdas causadas por fatores econômicos, climáticos e biológicos.
“O produtor ainda enxerga o seguro como um custo, quando deveria ser visto como investimento. Isso reflete na baixa contratação. O próprio corretor tem certa responsabilidade, pois se o canal que deve fazer esse conhecimento chegar ao produtor rural não está familiarizado com o produto, naturalmente esse alcance fica prejudicado”, afirma Bruno Kelly, que irá ministrar o workshop Seguro Rural – Aprendendo a Comercializar.
Oferecido pela Escola Nacional de Seguros, o curso será realizado no dia 16 de julho, quarta-feira, no Rio de Janeiro (RJ). Fazem parte do conteúdo informações sobre os benefícios para o produtor rural, os tipos de seguro existentes (agrícola, florestas, animais, pecuário, aquícola e de benfeitorias), as coberturas oferecidas, a vigência e como proceder em caso de sinistro.
Segundo Kelly, que é especialista em gerenciamento de riscos e sócio da Correcta Corretora de Seguros Corporativos, apenas 9% da área cultivada no Brasil conta com proteção do seguro, o que revela um vasto campo a ser explorado. Além disso, os prêmios são consideravelmente mais altos que os de seguros mais populares e as comissões variam entre 5% e 30%.
“A correria do dia a dia acaba levando os corretores para o caminho mais fácil de rentabilizar o seu negócio, que são os seguros de automóveis. Desenvolver um trabalho para divulgar os produtos e alcançar uma fatia maior de produtores rurais é um caminho longo e vagaroso, mas estamos seguindo em frente”, finaliza o especialista.
Mais informações sobre o workshop estão disponíveis no www.funenseg.org.br.
T.C.
Revista Apólice