A Allianz Global Corporate & Specialty Re Brasil (AGCS Re Brasil), braço de resseguro do Grupo Allianz, divulgou o estudo “Os negócios relacionados ao clima” sobre soluções de gestão de risco climático. De acordo com o documento, entre 2010 e 2013 as seguradoras pagaram 70 bilhões de dólares para cobrir prejuízos ocasionados por catástrofes naturais.
A cana-de-açúcar foi uma das que teve a safra atingida e registrou prejuízo de cerca de 65 milhões de toneladas (o equivalente a ou 18% da safra) em razão das geadas ocasionadas no inverno do ano passado. Como consequência, o Brasil sofreu uma redução na exportação de açúcar e, além disso, o clima poderia fazer com que o país tivesse perdas significativas às safras de trigo da estação atual e à safra de café do próximo ano.
Ainda segundo o estudo, cerca de 70% das empresas estão expostas a “graves riscos climáticos”. O custo dos atrasos relacionados ao clima em empresas de transporte rodoviário americano, por exemplo, varia entre 2,2 bilhões e 3,5 bilhões de dólares ao ano. O impacto climático total possui um custo nacional estimado de 3 bilhões de dólares por danos e ferimentos em acidentes, atrasos e custos operacionais.
Estimativas apontadas pelo documento também indicam que mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) americano é diretamente ou indiretamente afetado pelo clima (o equivalente a 5,7 trilhões de dólares). Setores da indústria de energia, varejo, alimentação, vestuário, turismo, distribuição, transporte e construção são tão sensíveis a pequenas mudanças no clima quanto à movimentação de juros e taxas de câmbio estrangeiras em termos do impacto que isto possa ter sobre os lucros.
L.S.
Revista Apólice
