As mudanças nos perfis das cidades brasileiras afetam a incidência de desastres naturais. As chuvas acima de 50 mm/dia – quantidade suficiente para causar enchentes e inundações – eram praticamente inexistentes na década de 50, atualmente ocorrem de cinco vezes ao ano na capital paulista, causando prejuízos de cerca de R$ 336 milhões ao ano, só na cidade de São Paulo, explicou Igor Di Beo, diretor de Riscos e Controles Internos da Allianz Seguros,durante palestra nesta terça-feira, 22, no Seminário Internacional de Gerência de Riscos da Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR).
Segundo pesquisa da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA), cada ponto de alagamento formado em São Paulo, após uma chuva forte, provoca prejuízo diário de mais de R$ 1 milhão ao país. “As perdas anuais do município podem chegar até R$ 336 milhões. “As enchentes contribuem para reduzir o crescimento da cidade e o bem-estar da população, além de aumentar os custos das empresas instaladas, prejudicando sua competitividade nos mercados doméstico e internacional”, afirma Di Beo.
Durante sua apresentação, o executivo mostrou como o gerenciamento de riscos deste tipo de desastre natural pode resultar em economia para o Brasil e como a Allianz Seguros usam da tecnologia e banco de dados de sinistros classificados como “catastróficos” desde 2011, para se antecipar a estes eventos e evitar perdas econômicas.
A.C.
Revista Apólice
