Entre os meses de novembro e março, período com maior frequência de chuvas no País, é comum o aumento de automóveis danificados em enchentes. Segundo Nilton Dias, diretor comercial da Seguralta Corretora de Seguros, o número de carros danificados cresce mais de 20% nessa época entre os clientes da empresa. “De todas as regiões brasileiras, a Sudeste é que contabiliza mais casos de automóveis danificados, principalmente em São Paulo, onde a frota é maior”, comenta. Para evitar contratempos em casos de danos ou perda total dos veículos em inundações é importante que o consumidor esteja a par das principais informações da apólice do seu seguro, principalmente sobre o que o seguro cobre e não cobre em situações como esta.
Primeiramente, o segurado deve se atentar ao questionário de avaliação de riscos preenchido antes da assinatura do contrato. “A cobertura compreensiva, que cobre acidentes, incêndios e roubo, é a mais indicada, pois cobre também enchentes, inundações e alagamentos, além de danos causados por objetos externos”, explica Dias. “Afinal, as chuvas também derrubam árvores e fios da rede elétrica que danificam os veículos”. O segurado que contratar apenas a apólice de roubo, furto e incêndio não estará coberto contra prejuízos no veículo causados por enchentes.
O segurado deve estar atento também a cláusula de “perda de direito à indenização devido ao agravamento intencional do risco”, ou seja, quando o consumidor contribui para o dano ou perda total do automóvel. A indenização pode ser negada, por exemplo, quando o motorista apressado passa por áreas alagadas ao invés de esperar ou abandonar o veículo quando é perceptível o aumento do nível da água.
A sugestão para estes casos é diminuir a velocidade, acender o farol, ligar o limpador de pára-brisa, o desembaçador e manter a distância de no mínimo dois carros em relação ao automóvel à frente. Se não houver um desvio, o ideal é abandonar o carro antes que a água cubra mais da metade da roda. O segurado deve comunicar imediatamente seu corretor de seguros ou a central 24 horas de atendimento, solicitando um guincho para levar o veículo a um local seguro.
Pequenos detalhes merecem atenção. Mudanças de endereço, condutores e local onde o automóvel é frequentemente estacionado devem ser comunicados à seguradora. Para fechamento de contrato, as seguradoras levam em consideração as características dos motoristas, local onde o veículo é guardado, fins de utilização, quilometragem média percorrida durante o ano e idade dos filhos
G.F.
Revista Apólice
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